Marcos Guterman (*)
No Brasil, um bocado de gente quer cassar o deputado Jair Bolsonaro porque ele manifesta abertamente sua homofobia.
Na Holanda, o líder populista Geert Wilders será julgado por suas declarações abertamente islamofóbicas.
Em ambos os casos, o que está em jogo são as liberdades individuais. Wilders está doido para ser julgado justamente porque quer transformar o banco dos réus num altar, para ser imolado como mártir da liberdade de expressão. Bolsonaro, por sua vez, disse estar se “lixando” para os homossexuais que o ameaçam com um processo. Os holofotes são justamente seu oxigênio.
Wilders, cuja influência política é infinitas vezes superior à do limítrofe Bolsonaro, representa o avanço da extrema direita europeia. A visibilidade de seu caso e a crescente aceitação de suas ideias certamente estimularão outros partidos da mesma extração a adotar um discurso cada vez mais duro contra imigrantes e muçulmanos. A solução seria não dar atenção a Wilders, deixando-o falar sozinho, mas agora parece ser tarde.
O caso do nosso capitão falastrão é semelhante: se ele fosse apenas ignorado, suas ofensas rapidamente cairiam no esquecimento, que é o lugar apropriado para elas. Contudo, há uma feroz militância do politicamente correto que tem explorado a imbecilidade de Bolsonaro para, em nome da defesa de minorias e afins, atropelar o direito à opinião contrária, numa violência tão grande quanto a homofobia do deputado. Para parte dessa militância, interessa muito constranger aqueles que não se sentem prontos ainda para aceitar com “naturalidade” o homossexualismo.
O fato é que Wilders e Bolsonaro dizem o que muita gente só pensa
(*) Jornalista
A revista VEJA, como sempre, vem dando apoio a Bolsonaro e a todos os PAULISTAS racistas, principalmente contra nordestinos e nortistas. E o Brasil dos mais fortes e italianos que apoiaram Hitler, e agora fazem o mesmo poraqui..
ResponderExcluirAnônimo lamento sua colocação totalmente fora de propósito. Creio que generalizar que todos os paulistas sejam racistas é de uma paranóia sem limites. O mesmo com relação aos italianos que pelo apoio a Hitler sofreram o que tinham que sofrer, e além de tudo isso em nenhum momento houve nesses postados referente ao dito pelo Bolsanaro que houvesse qualquer apoio seja pelos autores das matérias como pelo blogueiro. Desculpe mas sem comentário é muito infeliz.
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