O Estado de S.Paulo
Na semana passada o governo da China anunciou a abertura do mercado daquele país para a carne suína brasileira. Com isso, a perspectiva é a de que o Brasil exporte, nos próximos cinco anos, cerca de 200 mil toneladas de carne suína para o gigante asiático, que já é o responsável pela maior parte das exportações do agronegócio brasileiro. Apesar de comemorada, a notícia não significa, porém, uma virada imediata para os suinocultores, que desde o fim do ano passado têm visto seus custos de produção dispararem em função da alta do milho e da soja.
"De fato, esta abertura é importante. Significa a efetiva globalização da carne suína brasileira, algo que tinha de acontecer". diz o diretor de Mercado Interno da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Soares Machado. "Agora, além de passarmos a vender para um país que é um grande consumidor, diminuímos a nossa dependência do mercado russo", afirma.
Mercado interno
Machado acrescenta, ainda, que isso não deve resultar em mudanças imediatas no mercado interno, como alta do preço da carne suína motivada por remessas maiores para o exterior. De acordo com ele, os primeiros efeitos desta decisão só devem começar a ser percebidos em seis meses, pelo menos. "E isso depende muito da capacidade das empresas daqui." De início, apenas 3, de 13 indústrias visitadas pelos chineses, cinco meses atrás, se credenciaram para vender carne para o país.
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