segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Laranja

Laranja deve render U$ 2 bilhões ao agronegócio brasileiro

As 600 maiores propriedades citrícolas do estado de São Paulo produziram até setembro 318,6 milhões de caixas de laranja, de acordo com levantamento conjunto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (3) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Houve perda de 40,8 mil caixas de laranja na safra 2009/2010 por causa do excesso de chuvas na época da floração e da seca que ocorreu durante o desenvolvimento dos larajais.

Este é o primeiro levantamento feito no país sobre a cultura da laranja e a continuidade da pesquisa deverá facilitar a organização do setor e a superação de problemas nos elos da cadeia produtiva, explicou o ministro Wagner Rossi.
As pesquisas de produção feitas nas áreas de cana-de-açúcar e café "foram importantes para melhorar a rentabilidade desses setores" e, para o ministro, isso também vai se dar em relação à citricultura.
Dos laranjais paulistas saem 85% da produção brasileira de laranja.

Posteriormente, o levantamento se estenderá aos demais estados produtores. O secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João de Almeida Sampaio, calcula que a laranja deverá render US$ 2 bilhões à balança comercial do agronegócio. A caixa de laranja, este ano, registra valor médio de R$ 15.
No ano passado, ficou abaixo de R$ 5. No entanto, o lucro deste ano, segundo ele, não deverá superar os prejuízos dos anos anteriores.

A desvalorização do dólar frente ao real prejudica o setor, segundo o secretário. Como o suco de laranja está com o preço em alta no exterior, a tendência é que haja lucro maior na safra atual.

Para cada dez copos de suco de laranja consumidos em todo o mundo, sete são provenientes do Brasil, um dos maiores produtores mundiais junto com os Estados Unidos. O ministro Wagner Rossi afirmou que a agricultura brasileira "é o maior partido do país", na concentração de todos os setores que a envolvem. "Ela tem que trabalhar unida para obter bons resultados, independentemente de quaisquer vinculações partidárias".

O apoio do Ministério da Agricultura ao setor produtivo, segundo ele "é capaz de mudar cenários desfavoráveis na zona rural e, nesse ponto, uma das coisas mais reivindicadas pelos produtores é a qualidade da informação para ele poder se organizar, fazer investimentos e aperfeiçoar a comunicação com todos os elos da área".

O secretário de Agricultura paulista informou que as propriedades até 48 hectares empregam 80,7 mil pessoas em São Paulo. Os proprietários e arrendatários somam mais 24 mil pessoas. As lavouras que têm mais de 300 hectares utilizam mecanização intensiva e, por isso, empregam menos, segundo João de Almeida Sampaio.

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