Lixo que pode virar empregos: uma equação
Cinco vagas são criadas para cada mil toneladas de resíduo, diz estudo
Vem de Israel o estudo que relaciona lixo reciclado e geração de empregos. E o resultado é animador: para cada mil toneladas de resíduos reciclados são gerados cinco empregos na indústria de tratamento de lixo.
A avaliação foi feita pela fundação Friedrich Ebert Stiftung, que iniciou o trabalho analisando os custos de armazenar resíduos em aterros sanitários e o número de postos de trabalho da indústria tradicional desse setor, que emprega uma média de 14 pessoas atualmente.
Utilizando a mesma base de análise, os pesquisadores Roei Levy e Hagar Tzameret Karche concluíram que, ao inserir estações de reciclagem, esse número pode até superar os 20 postos de trabalho.
Eles apresentaram uma série de vantagens para os governos que investem na prática da reciclagem: criação de empregos estáveis e de uma indústria com atividade intensiva, bem como o desenvolvimento de um novo produto a partir de algo considerado dejeto.
A relação custo-benefício também foi objeto de estudo de Levy e Tzameret Karche. Reciclar papel renderia o equivalente a pouco mais de R$ 70 por tonelada e metal, R$ 45 por tonelada.
Embora seja um dos principais poluentes do solo e dos mananciais, o princípio do lucro teve mais força no estudo dos israelenses e o plástico foi avaliado como um produto não rentável para a reciclagem, devido ao custo de 268 shekels (aproximadamente R$ 127) para realização do processo. A pesquisa não avaliou a reciclagem de materiais orgânicos.
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