sábado, 20 de novembro de 2010

Isso deveria ser só esporte!!!!!

A esperteza de Ricardão é de arrepiar!
José Cruz (*)

O repórter Michel Castelar assinou reportagem na edição de ontem do jornal O Lance, que é de arrepiar.

O repórter teve acesso ao contrato social que constituiu o Comitê Organizador Brasileiro Ltda para a Copa do Mundo 2014, que tem apenas dois sócios: a CBF e Ricardo Teixeira.

Como a CBF é presidida por Ricardo Teixeira isso significa que ele é o árbitro exclusivo da nova empresa.
Com capital de R$ 10 mil, o Comitê tem 99,9% de cotas pertencentes à CBF e apenas 0,1% são de Ricardão.

Esperto
Mas, conforme o esperto cartola definiu no contrato, “os resultados apurados ao final de cada exercício social deverão ter o destino que vier a ser determinado pelos sócios. A distribuição dos lucros poderá ser feita a critério dos sócios, sem guardar proporção com as respectivas participações no capital social”.

Entenderam?
É assim: quando a Copa terminar, Ricardo Teixeira reúne-se com o representante da CBF, que é ele mesmo. E os dois , sentados na mesma cadeira..., decidem dividir os lucros da festa, independentemente de quanto cada um integralizou o capital.

Então, o que deveria ir para a CBF, que é majoritária com 99,9% do capital poderá ir para o bolso de Teixerão, pois ele vai convencer o outro sócio... que isso é correto!!!

E as excelências no Congresso Nacional ainda aprovam projetos que endividam os estados e municípios e facilitam a vida desse tipo de gente.
Leia a reportagem completa no seguinte endereço.
Acabou?
Não, não acabou.
Hoje, o mesmo repórter conta outra história envolvendo o cartola Teixeira.

Como já foi condenado em primeira instância no caso do “Vôo da Muamba”, o cartola não pode assinar contratos com o poder público, receber benefícios, incentivos fiscais etc, por três anos.

Isso poderá comprometer sua atuação como presidente do Comitê Organizador da Copa.
Eis a notícia:
http://www.lancenet.com.br/copa-do-mundo/Voo-Muamba-atuacao-Teixeira-COL_0_374362566.html

E parabéns ao repórter Michel Castelar pelo furo de reportagem, que mostra nas mãos de quem está o comando do futebol brasileiro, e o tipo de gente com quem o Poder da República se relaciona.

(*) Jornalista e que cobre há mais de 20 anos os bastidores da política e economia do esporte, acompanhando a execução orçamentária do governo, a produção de leis e o uso de verbas estatais na área esportiva.

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