sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O que não serve se lança fora

Padre Edilberto Sena (*)

Na câmara de vereadores de Santarém a oposição defende a extinção de Secretarias Municipais em 2011. Um dos papeis de vereadores é fiscalizar as decisões do poder executivo e corrigir o que está errado, para então melhor servir à população. E não só vereador de oposição, mas todos os vereadores têm esse dever ético.

O executivo, como bem diz a palavra, executa o que a lei permite e de acordo com as necessidades do povo. Então, neste final de ano, ao discutir o orçamento do próximo ano, alguns vereadores se dão conta, que a prefeitura pode perfeitamente cortar gastos, sem prejuízo da população. Eles percebem que, ao menos três secretarias já tiveram tempo de mostrar serviço e não fizeram: A Secretaria de Organização de Portos, completamente inútil; Secretaria de Segurança Cidadã, não descobriu sua finalidade e Secretaria da Produção Familiar, desnecessária quando já existe outra, supostamente do mesmo ramo, a secretaria de agricultura e abastecimento.

As três inúteis, na percepção dos vereadores, não têm sentido de existirem. Foram criadas para satisfazer interesses de aliados. Ora, um município que vive a pedir favores dos governos do Estado e Federal, que não tem recursos para administrar o saneamento básico do município, não pode se dar ao luxo de gastar recursos públicos com secretarias inúteis.

Quanto custa cada secretário aos cofres públicos? E seus auxiliares? O que fez até agora a secretaria de organização dos portos? E a secretaria de meio ambiente, que é tão necessária, mas até hoje ainda não mostrou serviço? e as outras secretarias, cabides de empregos, por que mantê-las? Só para agradar aliados, a custa do dinheiro do povo?

Os vereadores não podem aprovar tais cabides de empregos, devem ser extintas.Ou será que a sociedade civil quer que elas continuem existindo, mesmo inúteis para a sociedade e consumindo recuros públicos?

(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Ruram de Santarém (PA)

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