segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Carne vai continuar cara

Margens elevadas no varejo contribuem para manter alta na carne

Estiagem nos principais estados produtores, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins; o reflexo do elevado abate de matrizes devido aos baixos preços pagos ao produtor entre 2008 e 2009, o que levou a uma mais lenta recomposição do rebanho nos dias atuais e a uma consequente redução na oferta e, sobretudo, a manutenção de elevadas margens no varejo, são os principais motivos que explicam a elevação nos preços da carne bovina nos últimos meses, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).

“Os preços da arroba do boi estão atingindo recordes históricos como os R$ 112 nos primeiros dias de novembro e ainda sem uma tendência de baixa no curto prazo, m as as margens do varejo continuam excessivamente altas e não contribuem em nada para uma redução de preços para o consumidor, com alguns produtos atingindo números próximos a 120% de margem”, afirma o Presidente-Executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar. Estudo divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária(IMEA) informa, por exemplo, que nos últimos seis anos o preço da arroba do boi subiu 70% no atacado contra 106,64% no varejo.

Segundo a ABRAFRIGO, aproximadamente 70% do varejo brasileiro de carne bovina é representado pelas vendas dos grandes supermercados e é neste setor que se praticam as margens mais elevadas: “alguns cortes que estão entre as preferências do consumidor brasileiro são comercializados com margens muitos altas: em 29 de outubro, as margens do varejo para um corte como o lagarto, por exemplo, estavam em 91,70%; o patinho, e m 74,04% e o alcatra-miolo em 62,91%”, exemplifica Péricles Salazar. “Enquanto o produtor e os frigoríficos vêm mantendo suas margens em patamares condizentes com o mercado, o varejo as mantém em percentuais extraordinariamente elevados, concluiu o dirigente.

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