"Esse safado já tentou nos operar no Parque do Sabiá e ele foi escalado hoje, não dá para entender. Tenho certeza que o Andrés Sanchez não comprou o árbitro, mas alguém fez isso por ele. Fomos eliminados das chances de título por um safado".
Zezé Perrella,presidente do Cruzeiro, após o jogo contra Corinthians onde o penalti duvidoso marcado contra o Cruzeiro ao final do jogo deu a vitória ao time paulista, afastando o Cruzeiro da luta pelo título do Campeonato Brasileiro de 2010.
Caro Antenor: esse cidadão, exatamente a exemplo de todos os seus colegas de função, vale dizer, dirigentes esportivos, presta mais um desserviço à massa de aficionados pelo futebol, essa gente que, impulsionada por sujeitos sem consciência, acaba indo para as ruas se agredir e se matar. Graças à tecnologia moderna, qualquer pessoa que conheça um pouco do tal joguinho, vai ver que o lance contra o qual ele se insurge com tamanha veemência, não teve nenhuma irregularidade.
ResponderExcluirO que me ocorre em situações como essa é uma pergunta simples: ele realmente crê que tudo, nesse setor, se resume ao cambalacho, à roubalheira? Se é assim, ele se inclui nisso ou a organização que ele dirige não se envolve nessas trapaças, somente as demais? Trata-se de uma vestal em meio ao imenso bordel? Ou apenas algumas são do mal e a dele e as demais são do bem? E, se é assim, porque ele se mantém nesse meio?
Será que não está na hora de a imprensa, simplesmente e a bem da coletividade, parar de dar destaque a criaturas dessa espécie? Sim, porque esses indviduos, levados por paixão incontida ou simplesmente para salvaguardar suas próprias imagens e interesses, se permitem dizer o que bem entendem, bem guardados e no conforto do interior de uma emissora de televisão ou nos camarotes especiais de um estadio de futebol, sem o menor assédio de torcedores. Depois, vão para suas casas cercados por seguranças. E a massa enlouquecida sai às ruas inflamada pelo discurso beligerante e estúpido de um sujeito desses e simplesmente se mata.
Responsabilidade é o mínimo que se deveria ter quando se tem acesso aos meios de comunicação. Mas, talvez, aí, eu esteja sendo ingênuo demais, além do que sou normalmente.
Abraços
Bellini Tavares de Lima Neto