Para atender uma venda da loja, levei pessoalmente uma encomenda para ser despachada por um barco na orla da cidade já que a compra foi efetuada de uma cidade do interior.
Como Santarém não possui uma hidroviária a maneira de encontrar é chegar até a Praça Tiradentes onde há uma grande mistura de pedestres que chegam e saem dos barcos, mercadorias levadas e trazidas dos barcos, afora movimento de caminhões de carga entrando e saindo de um porto de há muito improvisado.
Passar de carro pela orla é uma coisa, mas, andar à procura de um barco dentro desse chamado "portinho" é algo totalmente diferente e surpreendente.
A procura pelo barco sob forte sol, andando em areias que misturam todo tipo de sujeira inclusive pequenos regos de esgoto se torna a cada momento estafante e irritante.
Depois de perguntar para pelo menos 10 pessoas alguém me aponta o barco. Lá chegando apenas um funcionário e alguns passageiros, mas sem o responsável que foi até a orla. Sem nenhum autorização o funcionário não recebe a mercadoria.
Outro tempo de espera e finalmente o responsável chega, pega o pacote (pequeno) e leva para cabine e me cobra um valor pelo despacho e me rabisca algo como um recibo e pronto.
O retorno se dá com mais calma e a tempo de olhar e acompanhar o sofrimento desse povo todo com a falta de uma estrutura digna, decente, para que possam atingir os seus barcos, ou consigam chegar na orla de Santarém e serem recebidos de forma humana e não como bichos.
Com a maré baixa os barcos ficam bem longe da orla o que obriga não somente aos passageiros darem várias passadas pela areia quente, mas, também esses carregadores que num trabalho de formiga pegam a mercadoria dos caminhões que ficam na orla ou pouco mais a frente e sob um sol abrasador carregam nas costas por várias e várias viagens inúmeras mercadorias que seguirão ou chegaram pelos barcos.
Quem é de fora não consegue acreditar como uma cidade que nasceu, cresceu, viveu, vive do rio e não consegue ter uma hidroviária para cargas e principalmente para os passageiros serem tratados como humanos. O que se vê hoje é um tratamento de bicho.
Informei com um grande amigo jornalista a respeito da construção do novo Terminal. Muito pouco ou quase nada ele pode me dizer a respeito das obras que ao que parece está na lista das obras do famoso PAC, onde se observa muito dinheiro anunciado, mas na prática obras com O terminadas quase nada.
Ah! prefeitos atuais ou do passado que vergonha a administração dos senhores, que com certeza nenhum usou o que chamam de “portinho” para embarque ou desembarque dos senhores próprios ou de parentes. E se o fizeram e deixaram ficar desse jeito é porque realmente no plano de governo dos senhores não entrou e não entra as palavras: Respeito ao Próximo. Quem vê aquilo tem a certeza que respeito ao ser humano inexiste.
Retornei para loja além de muito bravo envergonhado de quanto ainda temos que aprender em termos de administração pública. O povo é apenas um objeto, um voto para esse pessoal.
Quem conhece Santarém, certamente muitos e muito mais do que eu, sabem que eu não estou aumentando ou fazendo politicagem contra .
Rabiscos do Antenor
Sr Antenor
ResponderExcluirAinda bem que o senhor não precisa de usar o nosso porto. Uma vergonha. Trouxe no mes passado uma tia doente e sem condições e transporte e sinceramente chorei muito ao vê-la ter que ser carregada na rede do barco até a orla. Senão fosse alguns desses carregadores a nos ajudar não sei como teria sido. Uma vergonha que nossa Prefeita não enxerga porque nunca sentiu na pele o que é ver um ente querido seu doente e você sem condições de transportá-lo porque não existe uma hidroviária. Uma coisa o senhor estpa coberto de razão : não há nenhum respeito pelos passageiros. Somos gados . Até quando não sabemos .