Noble Group lança terminal de R$ 100 milhões em Santos
Com previsão de faturar aproximadamente US$ 45 bilhões este ano no mundo, o Noble Group, uma das maiores tradings globais da cadeia de suprimentos agrícolas, minerais e de energia, inaugurou na última semana um terminal graneleiro no Porto de Santos (SP), com investimentos na ordem de R$ 100 milhões.
Com o novo investimento, a empresa, com sede em Hong Kong, na China, afirma que espera aumentar sua presença no País e ver seus negócios no Brasil chegarem a render, até o final deste ano, mais de R$ 1 bilhão, ante os R$ 637 milhões obtidos em 2009.
O grupo, que atua da originação e produção ao transporte, conta agora com um terminal para grãos de 10 mil metros quadrados que tem capacidade de armazenamento de 90 mil toneladas d e açúcar, soja, milho e farelo de soja.
A expectativa é de que o terminal movimente 2,3 milhões de toneladas de carga por ano. Desde julho, quando começou a operar em período de testes, já foram exportadas mais de 600 mil toneladas de commodities, em especial açúcar.
Segundo o fundador da empresa, Richard Elman, a Noble ainda espera expandir seus negócios no porto santista. "Temos a intenção de expandir nossos negócios aqui, no Porto de Santos; entretanto não consigo prever quando isso vai acontecer: pode ser hoje, ou amanhã, depende muito das oportunidades", garantiu o empresário.
Em visita ao Brasil, Elman também afirmou que o investimento realizado em Santos é um bom exemplo de como o grupo pretende integrar a produção das principais commodities com os mercados de destino. "As operações no porto se encaixa m perfeitamente como plataforma de exportação de nossas usinas de açúcar localizadas no interior do Estado de São Paulo. Já investimos mais de R$ 1 bilhão em nossos negócios no Brasil, e continuaremos a investir o quanto for necessário se o negócio certo for encontrado: com o suporte adequado e que nos dê rentabilidade, lá estaremos", frisou.
Deste R$ 1 bilhão constam, além do novo terminal, duas usinas de açúcar e álcool no interior paulista, além de armazéns para estocagem de produtos.
O grupo ainda está investindo em uma unidade de esmagamento de soja que será inaugurada em Mato Grosso entre 2011 e 2012, e um terminal de combustíveis no Porto de Itaqui, no Maranhão, que será inaugurado ainda este ano.
A expectativa da empresa é de que o crescimento de seus negócios no Brasil supere a marca de 20% ao ano. "Estamos expandindo nossos negócios no País, procurando novas oportunidades, e com isso esperamos superar a marca de 20% de crescimento anual nos próximos anos. O Brasil nos surpreende muito", comentou.
Já o presidente executivo da Noble Group, Tobias Brown, afirmou que a maior dificuldade encontrada no Brasil não é relativa a infraestrutura, mas a falta de mão de obra especializada. "O mais difícil para uma economia que cresce como a do Brasil é encontrar gente talentosa, mão de obra especializada, tanto que estamos contratando", brincou ele.
Brown também frisou que a empresa está investindo no mundo inteiro, o que explica o crescimento do faturamento: de US$ 31 bilhões no ano passado, para os US$ 45 bilhões esperados este ano. "Por conta dessas expansões que estamos experimentando no mundo, nossos números deram um salto: e m média, crescemos 20% no mundo", finalizou ele.
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