domingo, 31 de outubro de 2010

Cargill e o biodiesel

Cargill entra em biodiesel no Brasil com usina no MS

A Cargill construirá a sua primeira usina de biodiesel no Brasil no município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, onde investirá cerca de 130 milhões de reais em uma unidade com capacidade para a produção de 200 mil toneladas do biocombustível, segundo nota da empresa divulgada no dia 22/10.

A nova fábrica funcionará anexa à atual unidade de esmagamento de soja da Cargill (em Três Lagoas) e terá capacidade anual de produção de 200 mil toneladas de biodiesel", afirmou a companhia, sem dar mais detalhes em comunicado.

A unidade deve começar a operar em 2012. A exemplo do que deverá ocorrer com a Cargill, outras companhias do setor no país utilizam a soja como a principal matéria-prima para a produção de biodiesel --cerca de 85 por cento da produção do biocombustível no país é feita com a oleaginosa.

Em 2010, o Brasil passou a adotar mandatoriamente o B5, uma mistura de diesel com 5 por cento de biodiesel que demanda quase 2 milhões de toneladas de óleo de soja por ano. A Cargil comercializa e processa soja e outros grãos e oleaginosas, e é uma das maiores exportadoras e processadoras da commodity do país.

Em 2009, quando a empresa inaugurou a sua sexta unidade processadora de soja no Brasil, em Primavera do Leste (MT), o Complexo Soja da empresa comercializou 9,1 milhões de toneladas do grão no país, contra 7,15 milhões de toneladas em 2008.

No ano passado, incluindo todos segmentos, a Cargill teve receita líquida de 15,8 bilhões de reais no Brasil, registrando um lucro após impostos) de 325 milhões de reais. As exportações da companhia alcançaram 11,6 bilhões de reais em 2009.

O investimento da companhia no Brasil segue anúncio de recursos para uma unidade de biodiesel na Argentina. Em agosto, a empresa informou o início das obras de uma usina que deverá operar a partir de 2011 no país vizinho.

Em julho, o governo argentino determinou o aumento do volume de biodiesel à base de soja na mistura de combustíveis, de 5 por cento para 7 por cento. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário