José Cruz (*)
Membro da Comissão da Lei de Incentivo recebe verba do Ministério do Esporte para Instituto de Direito que dirige
O Instituto Brasileiro de Direito Desportivo (IBDD), com sede em São Paulo, receberá R$ 55.669,92 do orçamento do Ministério do Esporte.
Objetivo:
“Subsidiar o Ministério do Esporte na realização de Consultas Públicas, com vistas à promoção do debate acerca do Estatuto do Torcedor”.
O convênio (nº 749.443/2010) saiu sem muito esforço, pois o presidente do IBDD, Luiz Felipe Guimarães Santoro, que assina o documento, tem bons amigos no gabinete do ministro Orlando Silva.
Afinal, Santoro é membro da Comissão Técnica que analisa projetos da Lei de Incentivo ao Esporte.
Fica a dúvida e o questionamento: alguém que atua no próprio Ministério – como colaborador, que seja – pode ser beneficiado por recursos públicos do próprio órgão para a instituição que ele mesmo preside?
Haverá uma prestação de serviços – cuja importância é discutível – e, claro, deverá ser remunerada.
Mas é uma atitude moralmente aceitável? Aproveitar-se dos amigos do poder em benefício da instituição que dirige?
(*) Jornalista e cobre há mais de 20 anos os bastidores da política e economia do esporte, acompanhando a execução orçamentária do governo, a produção de leis e o uso de verbas estatais na área esportiva.
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