quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Reportagem da VEJA

A Revista VEJA traz uma reportagem de Policarpo Junior e Otávio Cabral sobre a atuação de um grupo de sindicalistas que produzia dossiês para a campanha do PT em 2002. Um de seus expoentes era Wagner Cinchetto, que concedeu uma entrevista estarrecedora à revista. O mais espantoso é que Cinchetto não se diz santo, não. Ele confessa, por exemplo: “Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula.” Isso foi em 1989.

Sinceramente não cabe aqui no blog trazer a reportagem e apontar o dedo para cidadão A ou B, para o político do partido "X" ou "Y" , da mesma forma, não cabe ficar entrando até aonde é verdade ou mentira.
O fato mais trágico dessa nojeira toda que nossa política anda. Não há regras, não há escrúpulos, não decência. O que existe é essa vontade podre de estar no poder. A cor do partido, as diretrizes do partido, o foco na sociedade, isso inexiste.
O que interessa é o poder não importa o custo e de que forma.
"Os fins justificam os meios" certamente é a regra desses senhores que transitam pelos palácios do poder nesse País, seja de que esfera for.

Lendo a reportagem e trazendo na memória outras tantas já lidas nesses quase 62 anos de vida, torna-se transparente o quanto a nossa política é podre, é fétida.
Quando alguém se elege consciente (e todos eles sabem o que é feito para ser eleito) de tudo isso que é "armado" nos bastidores, é tão ou mais podre do que a essência do ato. Aceitar que para serem eleitos, atos inescrupulosos fossem efetuados, atingindo quem quer que seja, com único intuito de se eleger, o torna tão fé dito quanto.

Um amigo jornalista santareno já me disse por várias vezes que sou um "inocente" em termos de política, que sou "bobinho" e concordo com ele, porém, fico extremamente feliz de ter a minha consciência limpa e lúcida perante toda essa gentalha que se predispõe a "vender" seu caráter por um voto.
Se assim são felizes que chafurdem nesse lamaçal com seus pares.
O lado triste que o povo acredita nêles e vota.

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