quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Julho se foi e as promessas ficaram.

Padre Edilberto Sena (*)

Construir um país democrático, onde o bem da população seja o objetivo principal de toda administração pública, é um longo caminho. Quem realiza a política pública, hoje no Brasil, como em Santarém, é o povo organizado e vigilante sobre os administradores públicos. Estes só agem sob pressão ou com outros interesses que não o de servir.

Basta conferir alguns exemplos: mês de julho terminou e o Projeto “Luz para Todos” não chegou às comunidades rurais como prometido; mês de julho se foi e a COSANPA não cumpriu o que garantiu aos moradores da Grande Área da Nova República: água boa o dia todo; mais uma vez ficou na promessa. Mês de julho concluiu e o restaurante popular não funcionou, como fora prometido ainda para o mês de junho; mês de julho acabou, mas a Avenida Magalhães Barata continua com o asfaltamento inacabado, apesar da pressão indignada de alguns moradores; ficou na promessa.

Mês de julho já se foi, mas a lei de proteção aos igarapés de Santarém ainda não foi aprovada e não se sabe quando será executada, assim como a criação do bosque do Saúbal, nem o projeto foi concluído! E a área proposta continua sendo invadida. Ficaram os dois projetos de iniciativa popular só na promessa e ainda.

O mês de julho esgotou e o Conselho Municipal de Meio Ambiente não tem nem projeto, pois a Secretaria criada para cuidar do meio ambiente parece perdida e sem rumo. E assim se pergunta: O que fazer? Cruzar os braços? Fazer greve de fome? Invadir os órgãos públicos e exigir trabalho? Caso os colonos revoltados pela falta da luz para todos bloquearem uma rodovia, ou derrubarem um poste de alta tensão serão criminosos? (essa é a promessa indignada deles que esperam e não são atendidos há um bom tempo).

Como construir um país sério em que a população seja tratada com respeito e dignidade?

(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém

Nenhum comentário:

Postar um comentário