Renato Gomes Nery (*)
Existe atualmente uma febre pelas lutas corporais. Diversas organizações nacionais e internacionais cuidam e organizam estas contendas. Os dias de lutas são aguardados com ansiedade. Elas são replicadas pela televisão em casas, bares e restaurantes. Os vencedores são tratados como celebridades e festejados como heróis.
Parece que existe um desejo atávico que glorifica e festeja a violência. Pessoas normais ficam excitadas. Torcem. Sofrem. Alegram e festejam. Na hora que os vencedores derrubam, violentam e derrotam os vencidos, tenho a impressão que a plateia – como acontecia com os gladiadores – vai clamar. Mata! Mata! Mata!
Curiosa a natureza humana que se regozija com a violência, com a dor e com o massacre, como se dentro da cada ser se escondesse um lobo ou uma serpente, com a ressalva de que estas não atacam e nem ferem por prazer.
Se há repúdio, inclusive legal, por brigas de galos e por qualquer tipo de violência contra as pessoas e animais, por que a violência é incitada e glorificada prazerosamente pelas pessoas?
As touradas estão em extinção na Europa. As cobaias de animais têm encontrado a resistência e o repúdio da população. Entretanto, as lutas e as contendas humanas oficializadas encontram-se em expansão. E por que este cultivo e culto mórbido e doentio da violência? Não tenho resposta para esta questão, mas fica aqui a minha preocupação com a expansão desta cruzada que enriquecem uns poucos e explora a força bruta de lutadores humildes que sofrem e danos irreparáveis e até a vida neste circo de horrores, com reflexos certamente nefastos para toda a sociedade.
Finalizo com a certeza de que a violência se banalizou, pois salvo melhores informações, não vejo vozes a denunciar esta violência institucionalizada em lutas milionárias que progridem. Ganham adeptos e liquida consequentemente o nosso desejo de paz.
(*) Advogado e morador em Cuiabá (MT)
Existe atualmente uma febre pelas lutas corporais. Diversas organizações nacionais e internacionais cuidam e organizam estas contendas. Os dias de lutas são aguardados com ansiedade. Elas são replicadas pela televisão em casas, bares e restaurantes. Os vencedores são tratados como celebridades e festejados como heróis.
Parece que existe um desejo atávico que glorifica e festeja a violência. Pessoas normais ficam excitadas. Torcem. Sofrem. Alegram e festejam. Na hora que os vencedores derrubam, violentam e derrotam os vencidos, tenho a impressão que a plateia – como acontecia com os gladiadores – vai clamar. Mata! Mata! Mata!
Curiosa a natureza humana que se regozija com a violência, com a dor e com o massacre, como se dentro da cada ser se escondesse um lobo ou uma serpente, com a ressalva de que estas não atacam e nem ferem por prazer.
Se há repúdio, inclusive legal, por brigas de galos e por qualquer tipo de violência contra as pessoas e animais, por que a violência é incitada e glorificada prazerosamente pelas pessoas?
As touradas estão em extinção na Europa. As cobaias de animais têm encontrado a resistência e o repúdio da população. Entretanto, as lutas e as contendas humanas oficializadas encontram-se em expansão. E por que este cultivo e culto mórbido e doentio da violência? Não tenho resposta para esta questão, mas fica aqui a minha preocupação com a expansão desta cruzada que enriquecem uns poucos e explora a força bruta de lutadores humildes que sofrem e danos irreparáveis e até a vida neste circo de horrores, com reflexos certamente nefastos para toda a sociedade.
Finalizo com a certeza de que a violência se banalizou, pois salvo melhores informações, não vejo vozes a denunciar esta violência institucionalizada em lutas milionárias que progridem. Ganham adeptos e liquida consequentemente o nosso desejo de paz.
(*) Advogado e morador em Cuiabá (MT)
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