A bola sete parou à frente da caçapa. Haddad vacilou e caiu de quatro
Antônio Vieira (*)
Guerra, comércio e pirataria estão sempre juntos e interligados. A constatação não é minha, é de Goethe. Talvez seja muita sofisticação buscar no grande escritor fundamentos para se entender o comportamento dessa mescla de corsários e piratas vulgares. Os rapinantes da Somália, mulambentos que avassalam cargueiros na costa oriental africana, bem poderiam aprimorar seus métodos com um estágio em qualquer prefeitura petista. Sairiam fortalecidos e confiantes para o desempenho de seu mister.
O caso atual da gatunagem na prefeitura de São Paulo, com os envolvidos circulando na ante sala do próprio prefeito, demonstra o quanto há de método, de comportamento recorrente, com essa gente de caráter deformado. Há, os fatos o demonstram, uma constante em tudo que o lulopetismo se envolve: a remição ao submundo, ao ilícito, ao ilegal, à fraude, à mentira e à enganação. O tal Donato, e outros certamente, como os mafiosos da Tattolândia, chegaram onde chegaram seguindo uma trajetória, verdadeiro processo de lenta, mas profícua aprendizagem.
O afastado vereador Donato era o capitão do time do Haddad; uma espécie de Zé Dirceu municipal. Uma figura assim com tais habilidades não se torna um homem de poder por alguma graça circunstancial, discricionária, de alguém que diz num estalo. “Ah! tem o Donatão… É gente nossa, gente boa; vamos botá-lo ali para tomar conta daquele pedaço!” Não! Não é dessa maneira que as coisas acontecem. É uma carreira, uma trajetória dentro de um sistema, onde o desempenho pregresso e a confiança são fundamentais para explicar a distribuição política de cargos de governo.
Arrivistas não têm chances com eles. Só os profissionais ─ e isso eles são. O petismo congrega uma organização na qual não seria difícil aplicar tipos extraídos do código penal. Os exemplos, inumeráveis, pipocam ano após ano nos noticiários. Um balanço das postagens da coluna de Augusto Nunes demonstraria a persistência, a amplitude e a coerência do modus operandi da turma.
Não é necessário ser profeta para vislumbrar o que vem por aí. As oposições deveriam pedir a abertura de processo de cassação dos envolvidos, não só na Câmara Municipal de São Paulo como no Congresso (o tal Jilmar Tatto é deputado federal). Não seria absurdo incluir no pacote o próprio Haddad.
Por muito menos, todos nos lembramos, mal terminara a apuração das eleições naquele já distante 1998, e os cães sarnentos petistas já rosnavam pedindo o “fora FHC”. Fotos da época mostram a proto-quadrilha em ação: Zé Dirceu, Genoíno, Tarso Genro, Palocci e outros fazendo coro no plenário do parlamento em Brasília, numa pole dance de patifes exibicionistas.
Uma oposição de verdade não perderia uma oportunidade dessa de mostrar a turma com a bunda de fora. São Paulo é amostra para o Brasil. No mínimo, informaria a todo o país que o mensalão de Lula e Dilma pode condenar alguns gatos pingados, mas a turma substituta, a do Haddad, já está a postos e atuante. Vamos, oposição! Upa! a bola sete parou à frente da caçapa. Haddad vacilou e caiu de quatro. Encaçape-o!
(*) Jornalista
Antônio Vieira (*)
Guerra, comércio e pirataria estão sempre juntos e interligados. A constatação não é minha, é de Goethe. Talvez seja muita sofisticação buscar no grande escritor fundamentos para se entender o comportamento dessa mescla de corsários e piratas vulgares. Os rapinantes da Somália, mulambentos que avassalam cargueiros na costa oriental africana, bem poderiam aprimorar seus métodos com um estágio em qualquer prefeitura petista. Sairiam fortalecidos e confiantes para o desempenho de seu mister.
O caso atual da gatunagem na prefeitura de São Paulo, com os envolvidos circulando na ante sala do próprio prefeito, demonstra o quanto há de método, de comportamento recorrente, com essa gente de caráter deformado. Há, os fatos o demonstram, uma constante em tudo que o lulopetismo se envolve: a remição ao submundo, ao ilícito, ao ilegal, à fraude, à mentira e à enganação. O tal Donato, e outros certamente, como os mafiosos da Tattolândia, chegaram onde chegaram seguindo uma trajetória, verdadeiro processo de lenta, mas profícua aprendizagem.
O afastado vereador Donato era o capitão do time do Haddad; uma espécie de Zé Dirceu municipal. Uma figura assim com tais habilidades não se torna um homem de poder por alguma graça circunstancial, discricionária, de alguém que diz num estalo. “Ah! tem o Donatão… É gente nossa, gente boa; vamos botá-lo ali para tomar conta daquele pedaço!” Não! Não é dessa maneira que as coisas acontecem. É uma carreira, uma trajetória dentro de um sistema, onde o desempenho pregresso e a confiança são fundamentais para explicar a distribuição política de cargos de governo.
Arrivistas não têm chances com eles. Só os profissionais ─ e isso eles são. O petismo congrega uma organização na qual não seria difícil aplicar tipos extraídos do código penal. Os exemplos, inumeráveis, pipocam ano após ano nos noticiários. Um balanço das postagens da coluna de Augusto Nunes demonstraria a persistência, a amplitude e a coerência do modus operandi da turma.
Não é necessário ser profeta para vislumbrar o que vem por aí. As oposições deveriam pedir a abertura de processo de cassação dos envolvidos, não só na Câmara Municipal de São Paulo como no Congresso (o tal Jilmar Tatto é deputado federal). Não seria absurdo incluir no pacote o próprio Haddad.
Por muito menos, todos nos lembramos, mal terminara a apuração das eleições naquele já distante 1998, e os cães sarnentos petistas já rosnavam pedindo o “fora FHC”. Fotos da época mostram a proto-quadrilha em ação: Zé Dirceu, Genoíno, Tarso Genro, Palocci e outros fazendo coro no plenário do parlamento em Brasília, numa pole dance de patifes exibicionistas.
Uma oposição de verdade não perderia uma oportunidade dessa de mostrar a turma com a bunda de fora. São Paulo é amostra para o Brasil. No mínimo, informaria a todo o país que o mensalão de Lula e Dilma pode condenar alguns gatos pingados, mas a turma substituta, a do Haddad, já está a postos e atuante. Vamos, oposição! Upa! a bola sete parou à frente da caçapa. Haddad vacilou e caiu de quatro. Encaçape-o!
(*) Jornalista
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