Agente de Fidel Castro expõe o sentido moral da escravidão de cubanos. Os cinco milhões de colunistas de esquerda do Brasil acham lindo!
Reinaldo Azevedo (*)
O ministro da Saúde de Cuba, Roberto Ojeda, está em Recife. Participa do Terceiro Fórum Global de Recursos Humanos em Saúde. Nesta segunda, visitou um posto do Programa de Saúde da Família em companhia de Alexandre Padilha, o candidato ao governo de São Paulo que se finge de ministro da Saúde.
Deu uma declaração que vai encher de felicidade e satisfação as esquerdas brasileiras e a quase totalidade dos 5 milhões de colunistas da nossa imprensa. Uns cinco ou seis, incluindo este cão, tendem a discordar. Mas quem dá bola para eles a não ser os leitores? Adiante. Leiam a fala deste grande pensador, publicado no Globo. Ele explica por que os cubanos são tratados como escravos:
“Esses são médicos que têm um emprego em Cuba, um local de trabalho e famílias. Eles desfrutam de educação, atendimento de saúde e seguro social gratuitos. Quando eles retornam, se ocupam de suas famílias. Mas enquanto isso não acontece, o Ministério da Saúde e o governo de Cuba dão assistência e estão prontos a resolver qualquer problema que surja durante a missão internacional. Por isso, não falamos em exportação de serviços, mas de colaboração e de integração. Como disse o líder histórico da nossa revolução, Fidel Castro, só se pode salvar a humanidade da morte com paz e colaboração. O que fazemos, é colaboração”.
Entendi. Atenção! Para que a questão fique mais pura, vou fingir que Cuba é realmente o reino da igualdade de que ele fala, não o país em que professores universitários, homens e mulheres, se prostituem para dar algum futuro a seus filhos — no Brasil, também fazem isso, mas é para ganhar uma boquinha em alguma sinecura pública. Adiante. Fazendo de conta que Cuba é mesmo essa maravilha, temos aí um norte moral: em nome do bem comum, as pessoas perdem o direito de ter o controle sobre a própria vida, entenderam? O sujeito perde o direito a uma vida privada e passa a pertencer ao estado, que dispõe dela, então, como achar melhor, segundo as necessidades da coletividade. É Rousseau, que já era um lixo, sendo relido por Fidel Castro, que é também um lixo, mas menos importante.
Uma das responsáveis pelo acordo entre a Organização Pan americana de Saúde (Opas) e o Brasil, que permitiu a importação dos cubanos, a diretora da instituição internacional, Carissa Etienne, também engrolou:
“Acreditamos que o acordo entre Cuba e o Brasil para o Mais Médicos vai ser estendido. Como temos uma relação muito especial com esses profissionais, que trabalham conosco há mais de 30 anos, então nós sentimos que não somos responsáveis (pelos salários), não podemos abordar a questão de quanto cada médico vai receber, porque esse assunto é entre os médicos cubanos e o governo do seu país. O que podemos dizer é que o acordo não fere os direitos humanos, ao contrário do que foi propagado. Temos brigadas em mais de 70 países no mundo, e, às vezes, acontecem protestos, mas não na dimensão do que houve no Brasil, onde o serviço está indo bem. Podemos dizer que o Brasil transformou-se em um exemplo de luta de como melhorar o acesso universal à saúde. Isso não é fácil, mas só ocorre se houver vontade política, como a que há aqui”.
tal Opas há muito tempo é mera fachada de um organismo que se transformou em negociador da mão de obra escrava cubana. Essa é mais uma razão por que estou pensando em me reconverter à esquerda. Quando me dou conta da grandeza moral dessa gente, eu me pergunto por que insisto em ser um dos seis ou sete liberais naquele universo de 5 milhões…
(*) Jornalista é colunista da Revista Veja
Reinaldo Azevedo (*)
O ministro da Saúde de Cuba, Roberto Ojeda, está em Recife. Participa do Terceiro Fórum Global de Recursos Humanos em Saúde. Nesta segunda, visitou um posto do Programa de Saúde da Família em companhia de Alexandre Padilha, o candidato ao governo de São Paulo que se finge de ministro da Saúde.
Deu uma declaração que vai encher de felicidade e satisfação as esquerdas brasileiras e a quase totalidade dos 5 milhões de colunistas da nossa imprensa. Uns cinco ou seis, incluindo este cão, tendem a discordar. Mas quem dá bola para eles a não ser os leitores? Adiante. Leiam a fala deste grande pensador, publicado no Globo. Ele explica por que os cubanos são tratados como escravos:
“Esses são médicos que têm um emprego em Cuba, um local de trabalho e famílias. Eles desfrutam de educação, atendimento de saúde e seguro social gratuitos. Quando eles retornam, se ocupam de suas famílias. Mas enquanto isso não acontece, o Ministério da Saúde e o governo de Cuba dão assistência e estão prontos a resolver qualquer problema que surja durante a missão internacional. Por isso, não falamos em exportação de serviços, mas de colaboração e de integração. Como disse o líder histórico da nossa revolução, Fidel Castro, só se pode salvar a humanidade da morte com paz e colaboração. O que fazemos, é colaboração”.
Entendi. Atenção! Para que a questão fique mais pura, vou fingir que Cuba é realmente o reino da igualdade de que ele fala, não o país em que professores universitários, homens e mulheres, se prostituem para dar algum futuro a seus filhos — no Brasil, também fazem isso, mas é para ganhar uma boquinha em alguma sinecura pública. Adiante. Fazendo de conta que Cuba é mesmo essa maravilha, temos aí um norte moral: em nome do bem comum, as pessoas perdem o direito de ter o controle sobre a própria vida, entenderam? O sujeito perde o direito a uma vida privada e passa a pertencer ao estado, que dispõe dela, então, como achar melhor, segundo as necessidades da coletividade. É Rousseau, que já era um lixo, sendo relido por Fidel Castro, que é também um lixo, mas menos importante.
Uma das responsáveis pelo acordo entre a Organização Pan americana de Saúde (Opas) e o Brasil, que permitiu a importação dos cubanos, a diretora da instituição internacional, Carissa Etienne, também engrolou:
“Acreditamos que o acordo entre Cuba e o Brasil para o Mais Médicos vai ser estendido. Como temos uma relação muito especial com esses profissionais, que trabalham conosco há mais de 30 anos, então nós sentimos que não somos responsáveis (pelos salários), não podemos abordar a questão de quanto cada médico vai receber, porque esse assunto é entre os médicos cubanos e o governo do seu país. O que podemos dizer é que o acordo não fere os direitos humanos, ao contrário do que foi propagado. Temos brigadas em mais de 70 países no mundo, e, às vezes, acontecem protestos, mas não na dimensão do que houve no Brasil, onde o serviço está indo bem. Podemos dizer que o Brasil transformou-se em um exemplo de luta de como melhorar o acesso universal à saúde. Isso não é fácil, mas só ocorre se houver vontade política, como a que há aqui”.
tal Opas há muito tempo é mera fachada de um organismo que se transformou em negociador da mão de obra escrava cubana. Essa é mais uma razão por que estou pensando em me reconverter à esquerda. Quando me dou conta da grandeza moral dessa gente, eu me pergunto por que insisto em ser um dos seis ou sete liberais naquele universo de 5 milhões…
(*) Jornalista é colunista da Revista Veja
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