Vanderlei Luxemburgo. De melhor treinador do Brasil ao mais decadente. Outra demissão constrangedora em 2013. Depois do Grêmio em junho, agora o Fluminense. O Brasil não acredita mais nos seus projetos…
Cosme Rímoli (*)
Vanderlei Luxemburgo se especializou.
Aprendeu a lidar com a decadência.
Acumula um projeto fracassado atrás do outro.
As demissões se sucedem.
As portas batidas na sua cara também.
Acaba de ser mandado embora do Fluminense.
Fez miséria com o atual campeão brasileiro.
Ficou nove jogos sem conseguir uma vitória.
Comandou o time cair dez posições em nove rodadas.
E mergulhar na zona do rebaixamento.
Celso Barros finalmente entendeu a quem havia dado o time.
A um treinador decadente, ultrapassado.
"Ele saiu por não conseguir ganhar é a rotina dele como treinador nos últimos 10 anos.
Ele achava que eu era mágico de fazer o Grêmio ganhar com a incompetência dele.
Ele fala de trabalho.
Mas que trabalho ele fez?
O que ele fez foi muito mal feito, os resultados estão aí."
Não, não foi Celso Barros falando.
Foi Fabio Koff.
Luxemburgo foi mandado embora em junho deste ano.
Depois de fracassar na sua sétima Libertadores.
Não se preocupou.
Mas em julho já estava no Fluminense.
Troca de clube como quem troca de opinião.
Chegou ao campeão brasileiro de 2012.
Não foi aposta unânime.
Muito pelo contrário.
O presidente Peter Siemsen nunca o quis.
Mas se dobrou diante do desejo e do dinheiro que representa Celso Barros.
O executivo Rodrigo Caetano tem parcela importante de culpa.
Com o dirigente da Unimed do Rio, Luxemburgo foi hábil.
Como sempre, vendeu um projeto infalível.
Mostrou que poderia recuperar o Fluminense.
Barros saiu da primeira reunião convicto.
Ele não só recuperaria o time como o levaria para a Libertadores de 2014.
E ganharia a competição e até o Mundial do próximo ano.
Vanderlei é assim.
]
Quem não o conhece o compra.
Se ilude diante de seus argumentos.
Principalmente o que tem a oferecer atualmente.
O seu passado.
Bate no peito e lembra que ganhou cinco vezes o Brasileiro.
Em 1993 e 1994 com o Palmeiras, 1998, Corinthians...
Em 2003 com o Cruzeiro e 2004 com o Santos.
Títulos importantes significativos pararam aí.
Há nove anos foi o último. Nove anos...
Desde então se orgulha de insignificantes estaduais.
Sua decadência é constrangedora.
Nos últimos dois anos travou no Grêmio.
Não conseguiu levar o clube nem à disputar a final do Gauchão.
O que é um absurdo diante do nível dos clubes do Rio Grande do Sul.
Os motivos dos fracassos de Vanderlei são os de sempre.
Ele perdeu o interesse pelo futebol.
Cada hora tem uma coisa em mente.
Instituto de futebol com seu nome.
Quer abrir um restaurante, entrar na política, jogar pôquer.
Abrir um site de vinhos.
Tudo isso enquanto está servindo a um clube.
Cercado de sanguessugas, ele perdeu o senso de realidade.
Se sente o melhor treinador do país.
E o mais injustiçado.
Não entende a perseguição da imprensa.
Os fracos resultados não bastam.
Sua atual incompetência é evidente.
É assustadora a rejeição dos jogadores a ele.
Só dirigentes que não o conhecem ainda o toleram.
Acreditam nos seus planos mirabolantes.
Luxemburgo envelheceu.
Não tem mais recursos táticos para oferecer aos clubes de ponta.
Fará 62 anos em 2014.
Tinha certeza que estaria comandando a Seleção na Copa.
Quando foi feito o anúncio do Mundial no Brasil, ele ficou empolgadíssimo.
Era 2007.
Ele tinha a certeza que seu amigo, Ricardo Teixeira lhe daria o cargo.
Afinal, só havia tomado em 2000 devido à CPI do Futebol.
Quando ficou comprovado que ele diminuíra a idade.
E tentou dar um ar internacional a Vanderlei.
Colocando no documento falso w e y no final.
Foi inocentado das acusações de sonegação de impostos.
Achou que deveria ter continuado na Seleção.
Fez de conta que esqueceu o vexame na Olimpíada de Sidney.
O Brasil foi eliminado nas quartas de final diante de Camarões.
Mesmo tendo dois jogadores a mais.
Prepotente, o técnico não quis levar três jogadores com mais de 23 anos.
Disse que não precisava.
Lógico que foi demitido.
O destino e seu amigo Juan Figer ainda foram bons demais.
Colocaram nas suas mãos o Real Madrid.
Teve Ronaldo, Roberto Carlos, Beckham, Zidane...
Seu trabalho foi pífio.
Acabou, lógico, demitido.
E prejudicando a imagens dos treinadores brasileiros na Espanha.
Tinha uma dificuldade absurda em falar espanhol
Desde 2004, ele perdeu de vez o rumo.
Por onde passa, arruma confusões, perde títulos importantes.
E é demitido.
Foi assim no Palmeiras, Santos, Atlético Mineiro... Flamengo, Grêmio e Fluminense.
Seu discurso não tem mais o mesmo vigor.
O desenho tático de suas equipes é cada vez pior.
Previsível.
Outra mania absurda que cansou as diretorias.
A de querer montar times com jogadores seus amigos.
Foi fracasso em cima de fracasso.
O que fez no Grêmio, por exemplo, reflete até hoje.
Seus bruxos não deram certo.
Cris, Fábio Aurélio, André Santos, Welliton.
E sua relação próxima demais só prejudicou Zé Roberto e Elano.
Esqueceu do próprio ditado que divulgou à exaustão.
"O medo de perder tira a vontade de ganhar."
Nos últimos tempos tudo é exatamente o contrário.
Virou um daqueles treinadores que criticava.
Que coloca seu time todo na defesa para continuar no emprego.
O que fez ontem com o Fluminense com o Corinthians foi vergonhoso.
Sua estratégia covarde colocava todos os jogadores atrás da linha da bola.
Qualquer treinador insignificante faria a mesma coisa.
Celso Barros viu na prática o quanto foi enganado.
Assessores divulgaram sua versão de mais esta demissão.
"Fui pego de surpresa com a decisão do presidente em interromper o trabalho, já que fizemos um planejamento de levar o time para Atibaia (SP) visando a preparação para seis jogos e não apenas um.
Como já havia dito, meu pensamento era de permanecer ao lado do grupo até o fim para tentarmos tirar o Fluminense dessa situação incômoda no Campeonato Brasileiro.
Entendo e respeito essa decisão, já que há um processo político e eleição se aproximando no clube.
Faz parte do futebol. Esse grupo de jogadores está muito focado e determinado em reagir.
Já tinha convicção e continuo tendo a certeza de que o Fluminense permanecerá na Primeira Divisão em 2014."
A mensagem foi passada ao site esportivo da Globo.
Ou seja, ainda tem a coragem de insinuar que o motivo foi a eleição no Flu.
Luxemburgo perdeu a noção da realidade.
Cria sempre desculpas para justificar o fracasso.
Nunca é o culpado.
Sempre foi assim.
Por isso está estagnado, desacreditado no futebol brasileiro.
Mas continua esperto.
Aproveita seu grau íntimo de amizade, de jantares com jornalistas da Globo.
Foi demitido esta tarde.
Mas já à noite estará no programa Bem, Amigos de Galvão Bueno.
Lá vai seguir o velho ritual.
Expor, sem contestações, afinal está entre amigos, a sua versão da demissão.
E se mostrar disponível para começar mais um trabalho.
Achar um clube que pague no mínimo R$ 400 mil mensais.
E que tenha dirigentes ingênuos.
Que aceitem pagar uma multa grande em caso de demissão.
Ele já teve 32 equipes à sua disposição.
Em 30 anos de carreira.
Sabe como lidar.
Principalmente com as demissões suas fiéis companheiras.
Luxemburgo foi um dia o melhor treinador do país.
Hoje se transformou no mais decadente...
(*) Jornalista e comentarista esportivo
Cosme Rímoli (*)
Vanderlei Luxemburgo se especializou.
Aprendeu a lidar com a decadência.
Acumula um projeto fracassado atrás do outro.
As demissões se sucedem.
As portas batidas na sua cara também.
Acaba de ser mandado embora do Fluminense.
Fez miséria com o atual campeão brasileiro.
Ficou nove jogos sem conseguir uma vitória.
Comandou o time cair dez posições em nove rodadas.
E mergulhar na zona do rebaixamento.
Celso Barros finalmente entendeu a quem havia dado o time.
A um treinador decadente, ultrapassado.
"Ele saiu por não conseguir ganhar é a rotina dele como treinador nos últimos 10 anos.
Ele achava que eu era mágico de fazer o Grêmio ganhar com a incompetência dele.
Ele fala de trabalho.
Mas que trabalho ele fez?
O que ele fez foi muito mal feito, os resultados estão aí."
Não, não foi Celso Barros falando.
Foi Fabio Koff.
Luxemburgo foi mandado embora em junho deste ano.
Depois de fracassar na sua sétima Libertadores.
Não se preocupou.
Mas em julho já estava no Fluminense.
Troca de clube como quem troca de opinião.
Chegou ao campeão brasileiro de 2012.
Não foi aposta unânime.
Muito pelo contrário.
O presidente Peter Siemsen nunca o quis.
Mas se dobrou diante do desejo e do dinheiro que representa Celso Barros.
O executivo Rodrigo Caetano tem parcela importante de culpa.
Com o dirigente da Unimed do Rio, Luxemburgo foi hábil.
Como sempre, vendeu um projeto infalível.
Mostrou que poderia recuperar o Fluminense.
Barros saiu da primeira reunião convicto.
Ele não só recuperaria o time como o levaria para a Libertadores de 2014.
E ganharia a competição e até o Mundial do próximo ano.
Vanderlei é assim.
]
Quem não o conhece o compra.
Se ilude diante de seus argumentos.
Principalmente o que tem a oferecer atualmente.
O seu passado.
Bate no peito e lembra que ganhou cinco vezes o Brasileiro.
Em 1993 e 1994 com o Palmeiras, 1998, Corinthians...
Em 2003 com o Cruzeiro e 2004 com o Santos.
Títulos importantes significativos pararam aí.
Há nove anos foi o último. Nove anos...
Desde então se orgulha de insignificantes estaduais.
Sua decadência é constrangedora.
Nos últimos dois anos travou no Grêmio.
Não conseguiu levar o clube nem à disputar a final do Gauchão.
O que é um absurdo diante do nível dos clubes do Rio Grande do Sul.
Os motivos dos fracassos de Vanderlei são os de sempre.
Ele perdeu o interesse pelo futebol.
Cada hora tem uma coisa em mente.
Instituto de futebol com seu nome.
Quer abrir um restaurante, entrar na política, jogar pôquer.
Abrir um site de vinhos.
Tudo isso enquanto está servindo a um clube.
Cercado de sanguessugas, ele perdeu o senso de realidade.
Se sente o melhor treinador do país.
E o mais injustiçado.
Não entende a perseguição da imprensa.
Os fracos resultados não bastam.
Sua atual incompetência é evidente.
É assustadora a rejeição dos jogadores a ele.
Só dirigentes que não o conhecem ainda o toleram.
Acreditam nos seus planos mirabolantes.
Luxemburgo envelheceu.
Não tem mais recursos táticos para oferecer aos clubes de ponta.
Fará 62 anos em 2014.
Tinha certeza que estaria comandando a Seleção na Copa.
Quando foi feito o anúncio do Mundial no Brasil, ele ficou empolgadíssimo.
Era 2007.
Ele tinha a certeza que seu amigo, Ricardo Teixeira lhe daria o cargo.
Afinal, só havia tomado em 2000 devido à CPI do Futebol.
Quando ficou comprovado que ele diminuíra a idade.
E tentou dar um ar internacional a Vanderlei.
Colocando no documento falso w e y no final.
Foi inocentado das acusações de sonegação de impostos.
Achou que deveria ter continuado na Seleção.
Fez de conta que esqueceu o vexame na Olimpíada de Sidney.
O Brasil foi eliminado nas quartas de final diante de Camarões.
Mesmo tendo dois jogadores a mais.
Prepotente, o técnico não quis levar três jogadores com mais de 23 anos.
Disse que não precisava.
Lógico que foi demitido.
O destino e seu amigo Juan Figer ainda foram bons demais.
Colocaram nas suas mãos o Real Madrid.
Teve Ronaldo, Roberto Carlos, Beckham, Zidane...
Seu trabalho foi pífio.
Acabou, lógico, demitido.
E prejudicando a imagens dos treinadores brasileiros na Espanha.
Tinha uma dificuldade absurda em falar espanhol
Desde 2004, ele perdeu de vez o rumo.
Por onde passa, arruma confusões, perde títulos importantes.
E é demitido.
Foi assim no Palmeiras, Santos, Atlético Mineiro... Flamengo, Grêmio e Fluminense.
Seu discurso não tem mais o mesmo vigor.
O desenho tático de suas equipes é cada vez pior.
Previsível.
Outra mania absurda que cansou as diretorias.
A de querer montar times com jogadores seus amigos.
Foi fracasso em cima de fracasso.
O que fez no Grêmio, por exemplo, reflete até hoje.
Seus bruxos não deram certo.
Cris, Fábio Aurélio, André Santos, Welliton.
E sua relação próxima demais só prejudicou Zé Roberto e Elano.
Esqueceu do próprio ditado que divulgou à exaustão.
"O medo de perder tira a vontade de ganhar."
Nos últimos tempos tudo é exatamente o contrário.
Virou um daqueles treinadores que criticava.
Que coloca seu time todo na defesa para continuar no emprego.
O que fez ontem com o Fluminense com o Corinthians foi vergonhoso.
Sua estratégia covarde colocava todos os jogadores atrás da linha da bola.
Qualquer treinador insignificante faria a mesma coisa.
Celso Barros viu na prática o quanto foi enganado.
Assessores divulgaram sua versão de mais esta demissão.
"Fui pego de surpresa com a decisão do presidente em interromper o trabalho, já que fizemos um planejamento de levar o time para Atibaia (SP) visando a preparação para seis jogos e não apenas um.
Como já havia dito, meu pensamento era de permanecer ao lado do grupo até o fim para tentarmos tirar o Fluminense dessa situação incômoda no Campeonato Brasileiro.
Entendo e respeito essa decisão, já que há um processo político e eleição se aproximando no clube.
Faz parte do futebol. Esse grupo de jogadores está muito focado e determinado em reagir.
Já tinha convicção e continuo tendo a certeza de que o Fluminense permanecerá na Primeira Divisão em 2014."
A mensagem foi passada ao site esportivo da Globo.
Ou seja, ainda tem a coragem de insinuar que o motivo foi a eleição no Flu.
Luxemburgo perdeu a noção da realidade.
Cria sempre desculpas para justificar o fracasso.
Nunca é o culpado.
Sempre foi assim.
Por isso está estagnado, desacreditado no futebol brasileiro.
Mas continua esperto.
Aproveita seu grau íntimo de amizade, de jantares com jornalistas da Globo.
Foi demitido esta tarde.
Mas já à noite estará no programa Bem, Amigos de Galvão Bueno.
Lá vai seguir o velho ritual.
Expor, sem contestações, afinal está entre amigos, a sua versão da demissão.
E se mostrar disponível para começar mais um trabalho.
Achar um clube que pague no mínimo R$ 400 mil mensais.
E que tenha dirigentes ingênuos.
Que aceitem pagar uma multa grande em caso de demissão.
Ele já teve 32 equipes à sua disposição.
Em 30 anos de carreira.
Sabe como lidar.
Principalmente com as demissões suas fiéis companheiras.
Luxemburgo foi um dia o melhor treinador do país.
Hoje se transformou no mais decadente...
(*) Jornalista e comentarista esportivo
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