CBF domina votação do projeto de lei que perdoa calote de R$ 4 bilhões
José Cruz (*)
O projeto de lei que perdoa a dívida de R$ 4 bilhões dos clubes de futebol está nas mãos da cartolagem intimamente vinculada à CBF.
Estranhamente, o projeto não foi apresentado pelo seu autor, o deputado Vicente Cândido (PT/SP). Mas pelos deputados Renan Filho (PMDB-AL), filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Gabriel Guimarães (PT-MG). Renan Calheiros é um dos líderes da bancada da bola no Congresso Nacional, curva-se diante do poder de José Maria Marin.
Essa estratégia tinha um motivo. Assim:
O projeto de lei é do deputado Vicente Cândido. Ele disse isso: “Quem elaborou o projeto foi o meu gabinete”. Mas ao entregar para outro deputado apresentar, Vicente ficou liberado para assumir a relatoria da comissão que vai preparar a votação do projeto.
E o relator pode mexer à vontade no texto do projeto. Ou seja, fará gato e sapato para livrar os clubes do pagamento do trambique de R$ 4 bilhões à Receita Federal e ao INSS.
E quem é o deputado federal Vicente Cândido?
Ele é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e íntimo de Marco Polo Del Nero, também vice da CBF. É a turma de José Maria Marin infiltrada na Câmara dos Deputados para legalizar a sonegação fiscal de clubes devedores. Na prática é isso que ocorre.
Pior:
Na mesma estratégia, a presidência da Comissão que vai cuidar do projeto de lei é o deputado Jovair Arantes (PTB/GO), presidente do Atlético Goianiense, um dos clubes que deverá se beneficiar do projeto-caloteiro.
E nessa armação para perdoar quem surrupiou R$ 4 bilhões do fisco o governo, credor, se apresenta como avalista, via Ministério do Esporte. Em vez de o ministro Aldo Rebelo cobrar conforme a lei, coloca-se ao lado dos fraudadores explícitos. As reuniões que prepararam essa armação tiveram a participação de representantes do Ministério do Esporte, como Ricardo Gomide, assessor especial de Aldo.
Gomide armou ao lado dos deputados líderes do projeto, Vicente Cândido e Jovair Arantes, além de Weber Magalhães, vice-presidente da CBF para o Centro-Oeste, e Vandenberg Machado, lobista disfarçado de “assessor para assuntos parlamentares”.
Recentemente, o ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, declarou, em depoimento na Câmara dos Deputados, como o roubo ocorreu. Disse Eurico, sem constrangimentos nem medo de ser preso:
“Todos sabem que recolhíamos os impostos dos jogadores e dos funcionários do clube, mas não repassávamos ao INSS nem à Receita Federal.
Ou seja, o sonegador explicou como roubou, reconheceu a dívida publicamente e o governo, ainda assim, não chama a polícia, mas se alia aos ladrões.
(*) É jornalista sediado em Brasília, e acompanha as áreas de política, economia e legislação do esporte.
José Cruz (*)
O projeto de lei que perdoa a dívida de R$ 4 bilhões dos clubes de futebol está nas mãos da cartolagem intimamente vinculada à CBF.
Estranhamente, o projeto não foi apresentado pelo seu autor, o deputado Vicente Cândido (PT/SP). Mas pelos deputados Renan Filho (PMDB-AL), filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Gabriel Guimarães (PT-MG). Renan Calheiros é um dos líderes da bancada da bola no Congresso Nacional, curva-se diante do poder de José Maria Marin.
Essa estratégia tinha um motivo. Assim:
O projeto de lei é do deputado Vicente Cândido. Ele disse isso: “Quem elaborou o projeto foi o meu gabinete”. Mas ao entregar para outro deputado apresentar, Vicente ficou liberado para assumir a relatoria da comissão que vai preparar a votação do projeto.
E o relator pode mexer à vontade no texto do projeto. Ou seja, fará gato e sapato para livrar os clubes do pagamento do trambique de R$ 4 bilhões à Receita Federal e ao INSS.
E quem é o deputado federal Vicente Cândido?
Ele é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e íntimo de Marco Polo Del Nero, também vice da CBF. É a turma de José Maria Marin infiltrada na Câmara dos Deputados para legalizar a sonegação fiscal de clubes devedores. Na prática é isso que ocorre.
Pior:
Na mesma estratégia, a presidência da Comissão que vai cuidar do projeto de lei é o deputado Jovair Arantes (PTB/GO), presidente do Atlético Goianiense, um dos clubes que deverá se beneficiar do projeto-caloteiro.
E nessa armação para perdoar quem surrupiou R$ 4 bilhões do fisco o governo, credor, se apresenta como avalista, via Ministério do Esporte. Em vez de o ministro Aldo Rebelo cobrar conforme a lei, coloca-se ao lado dos fraudadores explícitos. As reuniões que prepararam essa armação tiveram a participação de representantes do Ministério do Esporte, como Ricardo Gomide, assessor especial de Aldo.
Gomide armou ao lado dos deputados líderes do projeto, Vicente Cândido e Jovair Arantes, além de Weber Magalhães, vice-presidente da CBF para o Centro-Oeste, e Vandenberg Machado, lobista disfarçado de “assessor para assuntos parlamentares”.
Recentemente, o ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, declarou, em depoimento na Câmara dos Deputados, como o roubo ocorreu. Disse Eurico, sem constrangimentos nem medo de ser preso:
“Todos sabem que recolhíamos os impostos dos jogadores e dos funcionários do clube, mas não repassávamos ao INSS nem à Receita Federal.
Ou seja, o sonegador explicou como roubou, reconheceu a dívida publicamente e o governo, ainda assim, não chama a polícia, mas se alia aos ladrões.
(*) É jornalista sediado em Brasília, e acompanha as áreas de política, economia e legislação do esporte.
Esses são nossos políticos socialistas do PT. Socializam apenas o prejuízo. (Gentil Gimenez)
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