segunda-feira, 23 de julho de 2012

Trem da alegria .. O dinheiro não é deles

RJ gasta R$ 2,2 milhões para levar comitiva de governador para Olimpíada de Londres  

UOL 

O governo do Rio de Janeiro firmou dois contratos com a agência de viagens Tamoyo y Turismo para levar a comitiva do governador Sérgio Cabral à Olimpíada de 2012. Pelos acordos, ambos fechados sem licitação, o governo pagará até R$ 2,260 milhões para garantir a presença de Cabral e outros 13 representantes estaduais nos Jogos Olímpicos. 

O vice-governador Luiz Fernando Pezão; o secretário da Casa Civil, Regis Fitchtner; a secretária do Esporte e Lazer, Márcia Lins; e a primeira dama Adriana Cabral são alguns dos escalados para a viagem a Londres. Todos eles, segundo o governo, fazem parte da comitiva porque trabalham no projeto da Olimpíada de 2016, que será sediada pelo Rio. 

Para que eles possam assistir às festas de abertura e encerramento dos Jogos e também às competições, o governo do Rio gastou 54,2 mil libras esterlinas (cerca de R$ 171 mil) só em ingressos. Por meio de um contrato firmado com a Tamoyo no ano passado, foram compradas 338 entradas. Ou seja, cada membro da comitiva do governador poderá, na média, assistir a 24 eventos olímpicos. A entrada para cada um deles custará R$ 500, também na média. 

Já para a viagem e hospedagem da comitiva, serão gastos até R$ 2,088 milhões. O valor consta de um outro contrato feito com a Tamoyo, este fechado em junho deste ano. 

Esse contrato inclui os serviços de transporte, os seguros de viagem dos membros da comitiva, além das diárias em hotel e as passagens de avião. Aliás, dos 14 membros do governo que vão a Londres, 10 deles vão e voltam do Reino Unido mais de uma vez durante os Jogos. 

Só o governador Sérgio Cabral viajará para Londres três vezes durante a Olimpíada. Na semana que vem, ele parte do Rio para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos. Em agosto, volta para a festa de encerramento. Já em setembro, vai a Londres mais uma vez para assistir ao encerramento dos Jogos Paralímpicos de 2012. Em todas essas viagens, Cabral estará acompanhado da primeira dama. 

O governador e todos os representante do Estado do Rio de Janeiro ficarão hospedados no hotel cinco estrelas One Aldwych, localizado perto da Waterloo Bridge. Lá, um quarto de luxo, uma suíte executiva e cinco quartos executivos estarão reservados para receber a comitiva estadual. Tudo isso já consta do contrato firmado entre o governo e a Tamoyo. 

A agência de viagens é a única credenciada pelo Comitê Organizador da Olimpíada para vender ingressos dos Jogos de Londres no Brasil e também prestar os serviços contratados. Por isso, segundo o governo, não foram feitas licitações para os contratos. 

A Tamoyo ainda ressaltou que “o processo de contratação obedeceu as regras legais”.

3 comentários:

  1. É natural que Sérgio Cabral tenha que ir aos jogos em Londres. O Rio de Janeiro Sediará os jogos em 2016 e é claro que ele tem que estabelecer relações e estar presente na Olimpíada que antecede a que será aqui no Rio.

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  2. Agradeço ao leitor Anônimo pela audiência.
    Posso concordar que o governador Cabral esteja presente junto com alguns assessores porém gastar R$ 2.2 milhões há de se convir que se trata de um abuso. Não precisa de nenhum trem da alegria. R$ 200 mil em ingressos é outyro abuso. Demonstram que não vão para trabalhar em observar e sim passear, o que não deixa de ser um agradável passeio em Londres nas Olimpiadas e ainda bebendo, comendo e dormindo às custas do erário público.
    Desculpe mas é a opinião do blog.

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  3. O que acontece é que a agência de viagens contratada pelo governo é a única credenciada pelo Comitê Olímpico Brasileiro pra vender pacotes pros jogos. Isso justifica não ter tido licitação. E quanto aos gastos, o Governador e seus secretários vão a Londres representando o Rio como sendo a próxima sede das Olimpíadas. Eles precisam ir aos jogos e claro, como tais representantes, não podem ficar em qualquer hotel. Além disso, pode parecer que eles estão se divertindo indo aos jogos, mas tudo faz parte de relações públicas, questões diplomáticas, que fazem parte desse meio.

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