Juca Kfouri (*)
Depois da separação entre Ricardo Teixeira e Lúcia Havelange que, por pouco civilizada, quase significou o rompimento do ex-genro com o ex- sogro, eis que agora os negócios, além dos netos, que mantiveram as relações, podem desfazê-las de vez.

Apesar de Havelange, 96 anos, admitir que Teixeira, 65, precisa de mais dinheiro do que ele em função da expectativa de vida de cada um, a diferença, em francos suíços, de praticamente 12 a 1, é uma goleada inadmíssivel para quem fez do genro zé ninguém um dos mais poderosos cartolas de todos os tempos, frequentador de palácios presidenciais e da alta sociedade carioca, assim como dos novos ricos paulistanos.
E as consequências na Justiça brasileira podem acabar por jogar um contra o outro, porque aquilo que o “Jornal Nacional”, generosa, e equivocadamente, chamou de “comissões”, é propina mesmo, fortunas recebidas indevida e ilegalmente segundo a Justiça suíça.
Apesar de continuamente bajulado por cartolas como Carlos Nuzman, presidente do COB e, pior, do Comitê Organizador da Rio 2016, tudo indica que o fim da carreira do chefão será ainda mais vergonhoso, assim como do esperto ex-genro, condenado a ficar em Boca Raton.
(*) É formado em Ciências Sociais pela USP. Desde 2005, é colunista da Folha de S.Paulo e do UOL
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