Sei que posso estar me equivocando, pois me falta a formação necessária na área, mas analisando os dados que tenho lido nos últimos dias, posso chegar às seguintes reflexões...
No final do mês de junho (dia 29, festa de são Pedro) houve um abalo sísmico na região do Baixo Tocantins...
Chamou-me atenção a explicação dada para tal tremor: pode ser atribuído a uma
acomodação do solo por conta da Hidrelétrica de Tucuruí. Ou seja, o peso do volume do lago de Tucuruí provocou o abalo.
Isso não é novidade nenhuma, já acontece em áreas próximas a outras hidroelétricas construídas por este mundo de Deus...
A água tem peso, a gravidade tem força... A água dos lagos de Usinas Hidroelétricas não estava lá antes. Foi acumulado de forma artificial, por conta de uma intervenção humana.
Qualquer aluno (bom aluno) de física e geografia do ensino médio pode calcular as implicações deste acumulo de peso sobre o solo da Amazônia...
Agora imaginemos que o que aconteceu no Baixo Tocantins, também poderá acontecer no Baixo Xingu e no Baixo Tapajós por conta das novas hidroelétricas que estão sendo construídas...
O Pará vai (literalmente) tremer...
Agora vem a pergunta: estamos preparados para estes terremotos, um admirável "efeito colateral" das construções de Hidroelétricas na Amazônia?
Será que nossos engenheiros previram isso ao construir antigos edifícios dessas regiões?
O que fazer? A quem recorrer?
A natureza se adapta, o solo reage ao peso, mas e o ser humano, estará adaptado para isso?
Esperemos para ver o Pará tremer. Esperemos ou lutemos para evitar o que parece já ser previsível.
(*) Presbítero da Diocese de Santarém e Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós.
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