quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Agronegócio .. coisa proibida .. por aqui ...

Cidades no embalo do agro

Ao irradiar oportunidades e renda, setor gera ganhos sociais e econômicos além da porteira.

Quem visita a pequena Lucas do Rio Verde, na região central do Mato Grosso, não imagina que a cidade tem um dos índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais altos do País.
Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) fez um levantamento minucioso da situação econômico-social de 5.564 municípios brasileiros, com base em três indicadores principais: renda e emprego formal, saúde e educação. Lucas do Rio Verde se classificou em oitavo lugar, em uma lista com 15 cidades, onde 14 delas são paulistas.

Com pouco mais de 45 mil habitantes, a cidade viu sua história mudar a partir de 2007, quando grandes empresas processadoras e beneficiadoras de alimentos começaram a se instalar na área do cinturão da soja no Mato Grosso.
“A região deixou de ser apenas exportadora de commodity e agora vende também produtos acabados, de maior valor agregado”, explica o professor Coriolano Xavier, do Núcleo de Agronegócio da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Para Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da Firjan, a mudança da cidade mato-grossense aconteceu graças à expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste, gerando mais ofertas de emprego e renda para a população.
“Isso ajudou a economia a se desenvolver e gerou maior arrecadação para o governo investir em questões básicas como saúde, educação e infraestrutura”, explica.

Ele revela ainda que a região Centro-Oeste se desenvolveu muito desde o último estudo da federação, realizado em 2008, com dados levantados entre 2000 e 2005. “Todo o Centro-Oeste vem passando por um desenvolvimento muito rápido.”
Nos últimos anos, várias outras cidades da região, como Sinop, Sorriso e Primavera do Leste cresceram rapidamente.

Em Lucas do Rio Verde, além da instalação de indústrias esmagadoras de soja e de uma rede de frigoríficos, há também a usina hidrelétrica de Canoa Quebrada, na divisa da cidade com o município de Sorriso.
O aumento do potencial de geração de energia também significa melhora na infraestrutura para a instalação de novas indústrias e geração de postos de trabalho.

“Hoje, a cadeia do agro responde por cerca de 75% da economia da nossa cidade e gera mais de 70% de empregos, diretos e indiretos”, contabiliza Fábio Ricardo Raabe, secretário de desenvolvimento econômico do município.
Como consequência desse crescimento econômico, os serviços essenciais do município se desenvolveram de forma significativa.

Na avaliação do IDH, em uma pontuação de 0 a 1, onde um é o índice de maior desenvolvimento, a educação no município atingiu 0,865 pontos, enquanto saúde chegou a 0,964 e emprego e renda 0,8849.

A nota final foi de 0,9046, bem acima dos 0,6742 obtidos em 2000.

Desenvolvimento verde -
Em meio aos índices positivos de IDH, o professor Coriolano destaca que o desenvolvimento da região , impulsionada pelo agro vem acontecendo de forma mais integrada e sustentável. “Temos vários exemplos de projetos de integração entre lavoura e pecuária e floresta e reaproveitamento de resíduos não só nesta, mas em outras regiões, como no Norte”, diz.

Na opinião de Mauro Osaki, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o emprego da tecnologia e pesquisa vem possibilitando ao campo mostrar que pode continuar produzindo com escala e qualidade, melhora no manejo, desenvolvimento de sementes mais resistentes a doenças e combate a pragas.

Ele ressalta ainda outros reflexos desse desenvolvimento na vida das pessoas nas áreas urbanas.
“As pessoas não enxergam que a riqueza gerada no campo se reflete nas cidades, na qualidade dos alimentos, nos preços melhores e na geração de empregos indiretos”, explica.

Índice de outras regiões -
Enquanto o Centro-Oeste mostra ao País todo o seu potencial de produção e geração de qualidade de vida e renda, o estudo da Firjan mostrou que outras regiões do Brasil, como o Norte e Nordeste apresentam níveis mais lentos de desenvolvimento. Tanto é que as cidades com o menor índice de IDH estão no Maranhão, Bahia, Alagoas e Acre.

“Nessas regiões, as três áreas de desenvolvimento melhoraram, mas ainda são deficientes. O agro pode contribuir para melhorar esse quadro”, acredita Mercês. Xavier acredita que esse desenvolvimento já começou.

“Aos poucos, o que aconteceu no Centro-Oeste, salvo suas particularidades, começa a acontecer também na chamada região do Mapito, fronteira agrícola entre os Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins”, diz.

Para ele, o crescimento da atividade no campo, aliada ao desenvolvimento sustentável é um caminho sem volta

Nota do Blog: Agronegócio é apenas bom para os outros. Por aqui, agronegócio significa tão somente plantar soja e soja é coisa do diabo. Significa desmatamento, destruição da floresta e por aí afora. Ninguém pensa quantas coisas atreladas ao agro poderiamos estar atuando inclusive com próprio beneficio de se evitar desmatamento e usando toda essa infinidade de matérias primas para nosso próprio desenvolvimento tanto em renda como em emprego. Mas,para que pensar se podemos deixar desse jeito e pagar por 4 abobrinhas R$ 5,20 ou R$ 1,30 cada uma como eu paguei no sábado.

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