Dois amigos foram à banca de jornal para comprar uma revista. Chegando lá, o jornaleiro tratou-os muito mal. Um dos homens sorrindo pediu a revista desejada. O jornaleiro, resmungando e falando palavrões, o atendeu com mau gosto. O homem, sorrindo, pagou e agradeceu. Eles saíram da banca e o jornaleiro continuou resmungando. Foi então que o outro amigo perguntou:
- Você viu como ele lhe tratou com grosseria?
- Sim. Respondeu o outro. - Ele me trata assim todo dia...
- Todos os dias? E você não faz nada?
- Não!
- Mas, por quê? Ele merece uma resposta a altura...
- Ai é que está. Ele pode estar com raiva de algo, ou de mau humor com a vida, mas não posso deixar que a raiva e o mau humor dele alterem a minha bondade.
Em nossa vida, passamos por diversas situações parecidas com a história que acabamos de ler...
Infelizmente, algumas vezes deixamos que as pessoas mudem em nós, o desejo de sermos bons para com os outros, de sermos fiéis a Deus e ao projeto de Jesus.
Contudo, podemos controlar dentro de nós os nossos impulsos, nossas emoções. Podemos conter a nossa raiva e evitar contendas, pois as pessoas não são donas dos nossos sentimentos nem podem controlá-los. Cada um de nós pode escolher entre responder o mal que nos fazem com o mal (nos vingando) ou com o bem (nos santificando). A escolha sempre será nossa, não dos outros.
Podemos refletir os questionamentos: Deixamo-nos levar pelo pessimismo das pessoas ao nosso redor? Procuramos lutar pela justiça e pelo amor, mesmo quando todos estão contra nós? Somos capazes de responder com um sorriso ou uma palavra amiga e afável mesmo às pessoas que nos tratam mal?
Pense e reflita!
(*) Sacerdote santareno e foi ordenado presbítero no dia 28 de dezembro de 2001. É membro da Academia de Letras e Artes de Santarém, como escritor e pesquisador da história da sua Diocese já tendo dois livros publicados e outros dois inéditos.
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