Do Blog do Prosperi (Jornal da Tarde/SPo)
Europeus decretaram a morte do futebol brasileiro nesta semana que Ronaldo se despediu da Seleção. E sem piedade. Os ingleses foram cruéis. Os espanhóis, diria, elegantes.
Torpedo mais forte partiu mesmo da Inglaterra. A prestigiosa revista For For Two, de Londres, estampou a manchete “A morte do Brasil” na capa da sua edição deste mês de junho.
A matéria aponta o futebol horroroso que a Seleção de Dunga exibiu na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. Mostra ainda que os melhores jogadores brasileiros que se destacam na Europa são defensores e não atacantes. E afaga o país pentacampeão com o alerta de que resta um Neymar para resgatar a tradição do futebol arte.
Da Espanha, Fernando Hierro, ex-volante do Real Madrid e com pelo menos duas Copas do Mundo servindo a seleção espanhola, foi na veia: “Nós somos hoje o que o Brasil já foi”, disse Hierro, que ocupava até a semana passada o cargo de diretor técnico da Federação Espanhola de Futebol.
Diz Hierro que a Espanha, campeã da Eurocopa de 2008 e da Copa de 2010, virou uma referência do futebol mundial. “Todo mundo quer ver a nossa seleção como no passado queria ver a Seleção Brasileira jogar.”
A paulada dos europeus serve como um alerta aos que comandam e vivem do futebol brasileiro. Algo está fora do lugar. Consumidores dos nossos jogadores, dirigentes da Europa sabem que na hora de a onça beber água desembarcam no Brasil para levar nossos craques.
Difícil entender este decreto de morte. Parece que eles querem depreciar nossa mercadoria.
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