Um ano após enchentes, Alagoas e Pernambuco entregam menos de 1% das casas e escolas prometidas
Um ano após as enchentes que deixaram 47 mortos e 26 cidades em calamidade pública, Alagoas e Pernambuco ainda tentam vencer os desafios e a burocracia para entregar as prometidas obras da reconstrução. Mas o ritmo das construções é lento e muito abaixo do anunciado há 12 meses.
Até este sábado (18), quando completam 365 dias da tragédia, menos de 1% das escolas e casas prometidas foram concluídas e entregues à população. A previsão é de que o cronograma seja finalizado apenas no final de 2012.
Balanço apresentado até esta sexta-feira pelos Estados aponta que apenas uma escola (de um total de 97 nos dois Estados), em Alagoas, e 139 casas (de 29,7 mil), em Pernambuco, foram inauguradas. A exceção fica por das obras de reforma de estradas e pontes, que já tiveram execução de cerca de 60% do cronograma.
Segundo os governos, não falta empenho, mas muitos problemas contribuíram para a demora além do previsto das obras de reconstrução. Inicialmente, a promessa anunciada era marcar a data de um ano com a maioria dos desabrigados em novas residências, e os alunos nas escolas
Mas não foi isso que ocorreu. Entre os principais problemas apontados estão a dificuldade em localizar terrenos, falta de mão-de-obra na construção civil, a famosa burocracia estatal e, por fim, as fortes chuvas que caíram no mês de abril.
“A tarefa da reconstrução é enorme. As responsabilidades não são só do Estado, algumas coisas dependem exclusivamente dos municípios. Claro, há algumas falhas do Estado, como alguns processos licitatórios que estão atrasados”, disse o vice-governador de Alagoas e coordenador do programa da Reconstrução, José Thomaz Nonô.
Em Alagoas, as obras de construção das casas ainda estão em fase de contratação da empresa em duas cidades: Jundiá e São Luiz do Quitunde. Nas outras 15, as obras estão em andamento, com previsão de entrega, das primeiras, agora em julho. Ao todo, 31 obras estão em andamento para a construção de 17.762 moradias.
No Estado, até este sábado (18), apenas uma escola foi entregue, no município de Rio Largo, inaugurada em 30 de maio. Outras duas devem ser entregues no próximo mês.
Nota do Blog: ´E o fim da picada. Como é que conseguem ser tão incompetentes, omissos, desinteressados, e apenas preocupados com a mídia na hora que ocorre os acidentes. Deposi que sai das páginas dos jornais a urgência vira burocracia e depois o enterro segue lento, quase parando a espera de nova catastrofe. E depois se admiram do Japão que após um dos maiores tremores de terra, um tsunami já estão em avançado estado de reconstrução mesmo saindo do zero. Além de dinheiro existe a seriedade e o comprometimento, Aqui são palavras levadas pelo vento.
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