Folha de São Paulo
Profissionais em busca de recolocação, por vezes, têm a sensação de que aqueles que estão empregados contam com chances de ser chamado para entrevistas ou mesmo contratado do que quem não está.
Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, diz que ainda existem avaliadores que trabalham sob a premissa "desempregado é incompetente".
Ela pondera que a ideia é falsa. "É preciso entender o motivo pelo qual ele foi demitido, se é uma questão circunstancial ou se falta algum conhecimento", considera.
Fernando Marucci, sócio-gerente da consultoria Asap, concorda. "O fato de ele estar ou não desempregado, por si, é irrelevante."
Mais importante do que a situação do profissional é a trajetória que o profissional realizou, as experiências que acumulou e os conhecimentos que adquiriu, ressalta Resch.
A gerente da Vagas.com Alessandra Tomelin observa que candidatos desempregados ficam mais ansiosos. Isso pode causar a impressão de que quem está fora do mercado demoram mais a serem contratados.
"Nessa situação, uma recusa ou uma demora no retorno é mais impactante para quem está fora do mercado do que para quem está empregado", analisa.
O candidato pode aproveitar o momento para fazer uma autoavaliação para saber se faltam competências ou conhecimentos. Em caso afirmativo, é o momento de buscar preencher essa lacuna e fazer uma reciclagem para responder às demandas do mercado.
Cinco passos para a recolocação
- Faça uma autoavaliação a respeito de competências e conhecimentos
- Se for o caso, procure cursos para fazer uma reciclagem
- Não mande currículos "para todos os lados", foque em áreas e empresas que tenham a ver com sua experiência
- Seja claro sobre os motivos da sua demissão
- Tenha uma atitude positiva nos processos seletivos
Nenhum comentário:
Postar um comentário