Toda pessoa que pretende aprender inglês usa bem mais, é claro, o dicionário Inglês-Português do que o seu inverso. Interessa mais saber o significado de uma expressão inglesa em português. Interessa menos saber como uma expressão em português poderia ser traduzida para o inglês.
Isso é sinal de que nossos primeiros passos no aprendizado de uma língua são passivos: primeiro ouvir e ler, depois falar e escrever.
O resultado é que, quando precisamos falar em inglês, embatucamos.
Recebi por e-mail um release com perguntas interessantes.
Como dizer em inglês, por exemplo, “sair de fininho”? Ou “jogar conversa fora”? Ou “fazer escândalo”?
As respostas, respectivamente, são: “to sneak away”, “to shoot the breeze”, e “to make a scene”.
Outras expressões desse tipo são explicadas, diz o release, em How do you say in English? , de José Roberto Igreja (Disal Editora).
No gênero, mas num nível mais básico, aproveitei bastante “Como dizer tudo em inglês”, de Ron Martinez (ed. Campus), que vem com um CD. São frases simples, mas que geralmente nos escapam na hora de falar. O livro é um sucesso em aeroportos, bastante merecido, acho eu.
Os mais pacientes (e malucos) podem tentar o curioso curso de Chris Moses, "Flow English", pagando na internet para baixar no computador uma série de historinhas bizarras ("O porquinho do basebol", "O inseto faminto", etc.) que são em seguida dissecadas por 40 minutos em perguntas óbvias que você deve responder sem hesitação, ao longo de várias semanas. O efeito, se não for enlouquecedor, é que você se acostuma a falar muito depressa em inglês. É quase um treinamento físico, dos músculos labiais e da língua. Destravar é exercitar, e uma língua, infelizmente, só se aprende pela repetição. Pela exaustão, na verdade.
(*) Formado em Ciências Sociais, Mestre em Sociologia, Escritor e Membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo.
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