João B. da Silva (*)
Está mais do que claro que o fato das ONGs brigarem tanto contra o crescimento da fronteira agrícola brasileira não tem nada haver com a defesa do meio ambiente, mas sim de uma intervenção econômica sendo imposta pelas economias imperialista espalhadas pelo mundo.
Não é de hoje que as nações mais ricas do mundo e entre elas os Estados Unidos da América tentam fiscalizar “internacionalizar” nossa floresta amazônica.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Impressionante o fato de tais ONGs financiadas em sua maioria esmagadora por recursos internacionais não falam em fiscalizar “internacionalizar” as reservas de petróleo existentes no mundo.
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, porque não se fala em “fiscalizar” internacionalizar o capital financeiro dos países ricos.
Muito se fala em desmatamento em queimadas no entanto não há um debate mundial quanto ao desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo de se falar em fiscalizar, cuidar, preservar “internacionalizar” a Amazônia deveríamos falar por exemplo da internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Durante o Fórum do Milênio, organizado pelas Nações Unidas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por que não se fala na internacionalização de Nova York, por ser sede das Nações Unidas. Aliás no mínimo Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam pertencer ao mundo inteiro. Se estas ONGs querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Já querem internacionalizar algo porque não começamos com as dívidas que os países pobres tem para com os ricos e usemos esse dinheiro para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Ideal seria se Internacionalizássemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
Mais digno seria se estas ONGs se preocupassem e tratassem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, digno seria se não deixassem que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morressem quando devessem viver.
Em nenhum outro país as ONGs demonstram tanto poder que no Brasil. São poderosas porque viram a pobreza de nosso governo. Quando falo de pobreza não me reporto à condição econômica, mas, a ética, a moral, pobre no gerenciamento do Estado. Eis que até os afortunados em nosso país sofrem as mazelas desta pobreza administrativa, ética e moral porque mesmo podendo comprar sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, ficam horas engarrafadas ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, seqüestrados ou mortos nos sinais de trânsito.
Presenteiam belos carros a seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.
Fato é que as grandes economias mundiais perceberam a riqueza e a pobreza no Brasil.
Riqueza potencial que há nos braços do povo brasileiro, pobreza no gerenciamento podre e corrupto do Estado dos governistas e de nossos presidentes. Perceberam que há uma possibilidade reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Que existe um movimento que luta pela liberação de terra para os trabalhadores rurais, que existe uma vontade de se realizar um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto para milhares de brasileiros, que pode ocorrer uma contratação de centenas de milhares de professores que irão colocar o povo para produzir para o próprio povo, e isto senhores não é do interesse deles, aumentar nossa fronteira agrícola seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro, os pobres sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez. Por isso não resta a menor dúvida de quem manda no BRASIL, exemplo disso é esta polêmica em torno da aprovação do CODIGO FLORESTAL.
Por isso senhores temos que gritar bem alto O BRASIL É NOSSO...
(*) Resposnável pelo Blog Nortão Noticias
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