Novas cultivares de girassol da Embrapa chegam ao mercado
Os produtores brasileiros de girassol contam com duas novas opções para a safra 2011/12.
Já estão no mercado sementes das cultivares BRS 321 e BRS 324, desenvolvidas pela Embrapa Soja (Londrina – PR) e comercializadas pelo Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Dourados (MS).
Atualmente a maioria das sementes de girassol disponíveis no Brasil são produzidas por empresas estrangeiras.
Os lançamentos da Embrapa foram desenvolvidos e adaptados especialmente às condições de clima e de solo brasileiros.
As principais características do híbrido simples BRS 321 são o ciclo precoce, de 80 a 100 dias, o que facilita sua utilização no sistema produtivo, tanto na rotação como na sucessão de culturas, além da resistência a míldio, o bom teor de óleo nos aquênios, de 40% a 44%, e a boa adaptação em todas as regiões de cultivo de girassol no Brasil.
Já a BRS 324 é uma cultivar de polinização aberta e apresenta como principais características o ciclo precoce, de 80 a 100 dias, o alto teor de óleo nos aquênios, de 45% a 49%, agregando valor à produção, e a boa adaptação em todas as regiões de cultivo de girassol no Brasil.
Em qualquer segmento produtivo, o girassol é uma excelente opção de cultivo tanto em rotação como em sucessão de culturas.
Pela sua precocidade, a BRS 321 e a BRS 324 podem ser cultivadas antecipando a cultura principal de primavera-verão ou, na safrinha, após a colheita de verão.
Adaptação -
O girassol apresenta ampla adaptabilidade às condições do Brasil, com maior tolerância à seca, ao frio e ao calor do que a maioria das espécies cultivadas no País.
As cultivares BRS 321 e BRS 324, por exemplo, são indicadas para os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Sergipe e Bahia.
Os grãos de girassol são usados principalmente para a extração de óleo que podem ser destinados para as indústrias de alimentos ou para a produção de biodiesel. Além disso, a torta ou farelo obtido do processo de extração é altamente protéico e pode ser utilizado na fabricação de ração animal.
Para prevenir a ocorrência de doenças é importante seguir a época de semeadura adequada para cada região.
Nos estados do Centro-Oeste, o plantio deve ser feito do início de janeiro a meados de fevereiro; no Sudeste, de fevereiro a março; no Norte, do início de fevereiro a meados de março; no Paraná, do início de agosto a meados de outubro; no Rio Grande do Sul, de meados de julho ao fim de agosto; no oeste, sudeste e centro da Bahia, de novembro a janeiro; e em Sergipe e nordeste da Bahia, de maio a junho.
O cultivo em solos corrigidos e a manutenção da fertilidade em níveis adequados são fundamentais para o bom desenvolvimento da planta, pois a cultura é exigente em boro e sensível à presença de alumínio trocável no solo.
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