Pais devem conversar com os filhos sobre a tragédia na escola do Rio mesmo que eles não perguntem, diz Içami Tiba
Uol - Educação
Mesmo que as crianças não perguntem nada sobre a tragédia na escola do Rio de Janeiro, os pais devem conversar com seus filhos sobre o acontecimento. Essa é a opinião do psiquiatra e educador Içami Tiba.
Na manhã desta quinta-feira (7), um atirador entrou em uma escola municipal do Rio de Janeiro e disparou contra alunos, funcionários e professores. Até o momento, há confirmação de 12 mortes de crianças entre 12 e 15 anos.
"A melhor posição dos pais [diante da tragédia na escola do Rio] é dizer que é impossível controlar esse tipo de coisa", afirma Tiba. "Esse tipo de situação é como um tsunami, um terremoto [um fato que está além da nossa vontade, uma tragédia que ninguém pode evitar]."
Segundo ele, o ideal é que os pais mostrem que também ficaram chocados e inseguros, mas que "todos têm que ficar juntos para se fortalecer". "Isso [mostrar segurança mesmo diante da insegurança] é o que vai oferecer conforto", completa o psiquiatra que também é colunista do UOL Educação.
Com mais de trinta anos de atendimento em consultório, Tiba já avisa logo que os pais devem "tirar da cabeça" o discurso "eu prometo que nada vai acontecer com você". Os filhos devem saber que a vida é perigosa -- e há situações que podemos controlar, como evitar lugares reconhecidamente perigosos, assim como há acontecimentos que não conseguimos prever nem evitar, como essa tragédia no Rio. "Não pode deixar quietinho [o assunto] que o monstro vai embora", diz
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