Feijão caupi transforma vida de pequenos agricultores do nordeste paraense
Quem visitou neste segundo semestre a região nordeste do Pará - onde se destaca um litoral banhado pelo oceano Atlântico - pode perceber um cenário de terras extensas, cultivadas por pequenos, médios e grandes produtores de feijão caupi (Vigna unguiculata), sobretudo nos municípios de Tracuateua, Bragança e Augusto Corrêa, principais centros produtores do Estado.
A expectativa dos produtores da agricultura familiar nos três municípios é superar em 2010 a safra do ano passado.
As mais de 10 mil famílias que cultivam o grão nos três municípios estão otimistas. Segundo elas, até janeiro de 2011 - período da entressafra - o preço da saca de 60 quilos deverá oscilar entre R$ 150,00 a R$ 200,00.
Para os pequenos agricultores, a natureza é a maior aliada da boa colheita, de todas as variedades do feijão caupi. Basta trafegar pelas vias principais e vicinais da região e observar grandes plantações de caupi vermelho, branco e sempre-verde.
Em uma casa modesta, localizada no ramal Ilha Serra, a cerca de 10 minutos da sede do município de Tracuateua, vive Silvio Santos Pereira, 34 anos, com a esposa Elisângela da Cunha Ribeiro e duas filhas, uma de 12 e outra de 14 anos.
No quintal da casa, a família preserva o maior bem material já conquistado: a plantação de feijão caupi, a maioria das variedades sempre-verde e branco.
Plantado em julho, em uma área de sete tarefas - correspondente a dois hectares -, a safra deve render para Silvio um lucro de 50% em relação ao custo médio de R$ 1.500,00, investidos nas diversas etapas do cultivo, do plantio à colheita.
" Este ano está melhor que no ano passado. Em 2009, a safra não foi boa por causa da praga da lagarta. Mas eu me preveni, e quando elas começaram a aparecer no início do plantio coloquei logo o veneno, e o resultado é esse", diz ele, apontando para a plantação.
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