sábado, 23 de julho de 2011

A esperança que reside num provérbio

Anselmo Cordeiro (*)

Já vai longe o tempo em que eu atravessava madrugadas, mergulhado em pesquisas e em estudos comparados de perfis políticos, para, ao final, compreendendo tudo, passar a digitar e divulgar mensagens carregadas de revolta e indignação sobre essa esculhambação moral que grassa na administração petista. Hoje, desanimado, já não tenho mais aquela disposição; e o que você leu (mantido no rabicho desta), escrito por mim naquela época de luta, é o resultado daquelas maratonas noturnas; e o que tinha que ser revelado, para mostrar que estamos à mercê de uma quadrilha, foi amplamente demonstrado, e tudo foi em vão, vez que a bolsa-esmola, transformada em moeda de troca, trouxe, para a súcia petista, os votos do universo de eleitores, composto, na esmagadora maioria, de analfa e semi-analfabetos, de gente enfim que, não tendo capacidade para administrar sequer a própria casa, jamais poderia ser convocada para participar de eleições.

Remédio para isso existe (mas não no Brasil), e tem nome: a Meritocracia, que, no nosso País, foi sepultada, em 1988, no cemitério da Constituição. Um cidadão, para decidir sobre o futuro de uma nação, precisa demonstrar que está preparado para esse relevante exercício de cidadania, e para início de conversa, o voto obrigatório deve ser logo banido, ficando nessa obrigação apenas os cidadãos detentores de título universitário que obtiveram graduação em universidades públicas. Os formados por entidades particulares de ensino superior, bem como os que tiverem escolaridade completa de ensino médio (2º grau) votam se quiserem. Quem tem apenas a escolaridade fundamental, se quiser participar do processo eletivo, precisa ser aprovado em curso básico de Política e Administração Pública, administrado via apostilas, devendo, ao final do curso, prestar prova de conhecimento. Os analfabetos, considerados cidadãos de 2ª classe, ficam proibidos de votar.

Como desgraça pouca é bobagem, a corja lulo-petista teve ainda a ajuda de formadores de opinião, pessoas esclarecidas e de cultura acima da média, que votaram num traste sem conteúdo, movidos apenas por emoção. Do casamento da emoção, que nunca foi boa conselheira, com o obscurantismo, nasceu essa prole horrenda: corrupção, velhacaria, mentira, cinismo, ambição e impunidade, que brincam com a indiferença e a covardia, filhas de um povo derrotado.

Não há mais, enfim a que ou a quem apelar, a não ser esperar que um velho provérbio popular vigore: "Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe". Eis aonde chegamos: a nossa esperança reside num provérbio.

(*) Responsável pelo Blog Net 7 Mares [net7mares@gmail.com]
 

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