quarta-feira, 20 de julho de 2011

Divisão do Pará (10)

Deputado Federal Giovanni Queiroz defende a criação de novos estados no Pará

BandNews (Fábio Piperno)

O mapa do Brasil poderá ser modificado em breve.
Projeto já aprovado pela Câmara e que agora tramita no Senado prevê a divisão do estado do Pará em três pedaços. Se os parlamentares confirmarem o aval ao desmembramento, uma das partes conservará o nome Pará e Belém como capital.

Cerca de metade da área atual se tornaria Tapajós. A cidade de Santarém seria o principal pólo da nova unidade da federação, que ocuparia a faixa centro-oeste do que hoje é o Pará. E mais ao sul de Belém está a área que se chamaria Carajás. A conflagrada Marabá, uma das líderes nacionais em índices de violência urbana, desponta como provável capital.

Os adversários do projeto não economizam críticas para o que classificam de mais gastança da voraz máquina pública. Afinal, dizem eles, o acréscimo de dois estados significa mais governadores, seis novos senadores, a implantação de duas assembléias legislativas, muitos secretários de estado e um oneroso séquito de assessores e de funcionários remunerados pelo contribuinte.

Mas o deputado federal paraense Giovanni Queiroz, líder do PDT e um dos mais ardorosos defensores da redefinição do mapa da região, enumera uma quantidade amazônica de argumentos em favor do desmembramento do estado e cita Mato Grosso do Sul e Tocantins como exemplos bem-sucedidos que podem servir de lição para Tapajós e Carajás.

"Esses dois estados serão nossos laboratórios. Depois da separação, cresceram em um ritmo duas vezes e meia superior à média nacional. E antes disso, o que hoje é Tocantins era um corredor da miséria goiana", diz ele.

O parlamentar rebate a crítica de que o novo Pará, o "Estado-Mãe", ficará empobrecido. "Manterá cerca de 73% do que é hoje arrecadado de ICMS na região". E também reage diante da afirmação de que, fragmentados, os novos estados terão menos condições de reagir aos altos índices de violência da região.

"A criminalidade é alta porque o Estado não está presente para regulamentar a questão fundiária. E o Incra na região é uma vergonha, uma omissão absoluta", afirmou Giovanni Queiroz em entrevista ao bandnewstv.com.br. (Fábio Piperno)

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