Só 34% das doações eleitorais têm origem identificada
Folha de São Paulo
Os candidatos das 26 capitais brasileiras já arrecadaram R$ 120,5 milhões para cobrir gastos de campanha, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. A segunda prestação parcial de contas foi divulgada ontem.
Desse total, R$ 79,8 milhões (66%) vieram de doações ocultas --valor repassado pelos partidos ou comitês, o que torna impossível identificar a origem do dinheiro.
A medida, legal, permite que empresas e pessoas físicas doem a candidatos sem ter o nome associado a eles.
Dos candidatos a prefeito nas capitais, 18 tiveram 100% de doações ocultas, entre eles Gabriel Chalita (PMDB-SP) e José Fortunati (PDT-RS), atual prefeito de Porto Alegre.
Os R$ 5,1 milhões arrecadados por Chalita até agora vieram de seu próprio partido, a exemplo do R$ 1,2 milhão de Fortunati.
O candidato do PT em São Paulo, Fernando Haddad, lidera em volume de recursos recebidos por essa forma de repasse. Ele ganhou R$ 8,6 milhões do partido, o que equivale a 85% do declarado como arrecadação até agora.
José Serra (PSDB-SP) é o segundo, com R$ 7,3 milhões oriundos da conta tucana, seguido do prefeito do Rio, Eduardo Paes, com R$ 5,4 milhões do caixa do PMDB.
Paes recebeu 4.133 depósitos do comitê financeiro do partido, em parcelas que vão de R$ 62,50 a R$ 500 mil.
O PR lidera entre as siglas com maior proporção de doações ocultas, depositando 85% do dinheiro de seus candidatos. DEM (82%) e PMDB (80%) completam o ranking.
Ricos e Pobres
Somente 14 candidatos das capitais declararam ter arrecadado mais de R$ 2 milhões.
O campeão é Haddad, com R$ 10 milhões. Depois vêm Serra, com R$ 8,1 milhões, e Paes, que tem R$ 6,9 milhões.
PMDB e PT foram os partidos que mais injetaram dinheiro nas campanhas de seus candidatos a prefeito.
O PMDB investiu R$ 17,5 milhões ante R$ 17,3 milhões do PT, R$ 11,9 milhões do PSDB, R$ 11,2 milhões do PSB e R$ 10,3 milhões do DEM.
O candidato "mais pobre" é Roberto Lopes (PCB), de Natal. Sua campanha recebeu R$ 500 --dele mesmo.
A arrecadação dos candidatos de São Paulo é de R$ 25,7 milhões --21% do total das capitais. Em Rio Branco (AC), todas as campanhas a prefeito somaram R$ 127 mil.
Folha de São Paulo
Os candidatos das 26 capitais brasileiras já arrecadaram R$ 120,5 milhões para cobrir gastos de campanha, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. A segunda prestação parcial de contas foi divulgada ontem.
Desse total, R$ 79,8 milhões (66%) vieram de doações ocultas --valor repassado pelos partidos ou comitês, o que torna impossível identificar a origem do dinheiro.
A medida, legal, permite que empresas e pessoas físicas doem a candidatos sem ter o nome associado a eles.
Dos candidatos a prefeito nas capitais, 18 tiveram 100% de doações ocultas, entre eles Gabriel Chalita (PMDB-SP) e José Fortunati (PDT-RS), atual prefeito de Porto Alegre.
Os R$ 5,1 milhões arrecadados por Chalita até agora vieram de seu próprio partido, a exemplo do R$ 1,2 milhão de Fortunati.
O candidato do PT em São Paulo, Fernando Haddad, lidera em volume de recursos recebidos por essa forma de repasse. Ele ganhou R$ 8,6 milhões do partido, o que equivale a 85% do declarado como arrecadação até agora.
José Serra (PSDB-SP) é o segundo, com R$ 7,3 milhões oriundos da conta tucana, seguido do prefeito do Rio, Eduardo Paes, com R$ 5,4 milhões do caixa do PMDB.
Paes recebeu 4.133 depósitos do comitê financeiro do partido, em parcelas que vão de R$ 62,50 a R$ 500 mil.
O PR lidera entre as siglas com maior proporção de doações ocultas, depositando 85% do dinheiro de seus candidatos. DEM (82%) e PMDB (80%) completam o ranking.
Ricos e Pobres
Somente 14 candidatos das capitais declararam ter arrecadado mais de R$ 2 milhões.
O campeão é Haddad, com R$ 10 milhões. Depois vêm Serra, com R$ 8,1 milhões, e Paes, que tem R$ 6,9 milhões.
PMDB e PT foram os partidos que mais injetaram dinheiro nas campanhas de seus candidatos a prefeito.
O PMDB investiu R$ 17,5 milhões ante R$ 17,3 milhões do PT, R$ 11,9 milhões do PSDB, R$ 11,2 milhões do PSB e R$ 10,3 milhões do DEM.
O candidato "mais pobre" é Roberto Lopes (PCB), de Natal. Sua campanha recebeu R$ 500 --dele mesmo.
A arrecadação dos candidatos de São Paulo é de R$ 25,7 milhões --21% do total das capitais. Em Rio Branco (AC), todas as campanhas a prefeito somaram R$ 127 mil.
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