Jornal da Tarde
Cinco animais do País – entre eles o maior primata americano, o muriqui – estão entre as cem espécies mais ameaçadas de extinção.
A lista, divulgada nesta terça-feira pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), traz animais, plantas e fungos de 48 países.
O estudo, realizado com a colaboração de mais de 8 mil cientistas da IUCN, foi apresentado no Congresso Mundial de Conservação que ocorre em Jeju, na Coreia do Sul. “Apesar de o valor de algumas espécies poder não parecer óbvio, todas contribuem à sua maneira para o funcionamento do planeta”, afirma Simon Stuart, presidente da Comissão de Sobrevivência das Espécies da IUCN.
No Brasil, além do muriqui do norte ou mono-carvoeiro (Brachyteles hypoxanthus), mereceram destaque o soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni), encontrado somente no Ceará, e as borboletas Actinote zikani, específica de áreas de morro da Serra do Mar e Parides burchellanus, do Cerrado.
O mais raro de todos é o preá Cavia intermedia, cuja população tem de 40 a 60 indivíduos e é exclusiva da Ilha Moleques do Sul, próxima a Florianópolis (SC). Com exceção do preá, reconhecido oficialmente pela comunidade científica em 1999, as quatro demais já tinham levantado bandeira vermelha. Elas constam da lista brasileira de espécies ameaçadas, elaborada em 2002 e publicada em 2003 pelo governo brasileiro.
O alerta levou à produção de planos de ação para a conservação de cerca de 300 espécies a fim de minimizar seu grau de ameaça, mas, ao menos em relação a essas quatro mencionadas agora, não houve grandes avanços, como mostra o próprio Instituto Chico Mendes (ICMBio), que monitora a biodiversidade nacional, em seu site.
O plano para as borboletas, por exemplo, lançado em 2010, ainda não teve nenhuma ação executada. “Ainda há um desconhecimento muito grande das espécies de borboleta existentes”, admite o professor André Freitas, do Departamento de Biologia Animal da Unicamp.
Segundo ele, dificilmente a Actinote zikani deixará a lista, pois vive numa área restrita dentro do Parque Natural Municipal Nascentes em Paranapiacaba. Já a Parides burchellanus é alvo de projetos em Minas e Brasília.
O plano para os muriquis, também lançado há dois anos, teve apenas 2 ações concluídas, das 54 previstas.
Um projeto no Parque Nacional da Serra dos Órgãos recenseou e monitorou durante quatro anos os animais
Cinco animais do País – entre eles o maior primata americano, o muriqui – estão entre as cem espécies mais ameaçadas de extinção.
Muriqui do Norte |
O estudo, realizado com a colaboração de mais de 8 mil cientistas da IUCN, foi apresentado no Congresso Mundial de Conservação que ocorre em Jeju, na Coreia do Sul. “Apesar de o valor de algumas espécies poder não parecer óbvio, todas contribuem à sua maneira para o funcionamento do planeta”, afirma Simon Stuart, presidente da Comissão de Sobrevivência das Espécies da IUCN.
No Brasil, além do muriqui do norte ou mono-carvoeiro (Brachyteles hypoxanthus), mereceram destaque o soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni), encontrado somente no Ceará, e as borboletas Actinote zikani, específica de áreas de morro da Serra do Mar e Parides burchellanus, do Cerrado.
O mais raro de todos é o preá Cavia intermedia, cuja população tem de 40 a 60 indivíduos e é exclusiva da Ilha Moleques do Sul, próxima a Florianópolis (SC). Com exceção do preá, reconhecido oficialmente pela comunidade científica em 1999, as quatro demais já tinham levantado bandeira vermelha. Elas constam da lista brasileira de espécies ameaçadas, elaborada em 2002 e publicada em 2003 pelo governo brasileiro.
O alerta levou à produção de planos de ação para a conservação de cerca de 300 espécies a fim de minimizar seu grau de ameaça, mas, ao menos em relação a essas quatro mencionadas agora, não houve grandes avanços, como mostra o próprio Instituto Chico Mendes (ICMBio), que monitora a biodiversidade nacional, em seu site.
O plano para as borboletas, por exemplo, lançado em 2010, ainda não teve nenhuma ação executada. “Ainda há um desconhecimento muito grande das espécies de borboleta existentes”, admite o professor André Freitas, do Departamento de Biologia Animal da Unicamp.
Segundo ele, dificilmente a Actinote zikani deixará a lista, pois vive numa área restrita dentro do Parque Natural Municipal Nascentes em Paranapiacaba. Já a Parides burchellanus é alvo de projetos em Minas e Brasília.
O plano para os muriquis, também lançado há dois anos, teve apenas 2 ações concluídas, das 54 previstas.
Um projeto no Parque Nacional da Serra dos Órgãos recenseou e monitorou durante quatro anos os animais
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