Blog do João Bosco Rabello para o Estadão
O Diário Oficial deverá trazer na segunda-feira portaria com a demissão do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, decidida na sexta-feira.
A publicação é o desfecho de uma longa e silenciosa crise, cujo enredo interno vai além das críticas e diagnósticos divulgadas em artigos – a maioria deles no jornal O Estado de S.Paulo, alertando para a falta de rumo da empresa.
A falta de resposta da empresa a essas críticas pode ser interpretada como uma forma de manter sob controle a informação essencial: pesquisadores, cientistas e técnicos passaram a exercer forte oposição à gestão de Arraes, considerada por eles responsável pela perda gradual da capacidade da Embrapa de acompanhar o desenvolvimento tecnológico aplicado aos produtos em seu universo de atuação. Inchada – a empresa gasta de 70 a 80% de seu orçamento com a folha de pagamentos – perdeu importância na agenda empresarial brasileira.
O empresário nacional busca as soluções inovadoras no exterior.
A negligência com a obtenção de patentes e a omissão no programa de melhoramento de sementes são outras acusações à gestão agora encerrada, com números expressivos: 60% das sementes de soja, 70% de milho e 80% de algodão, são de programas de melhoramento genético privados.
Sobram acusações de censura a manifestações de pesquisadores inconformados com o isolamento a que se dizem submetidos em razão da crítica à perda da visão estratégica.
O processo gerencial, segundo os críticos de Arraes, é pouco oxigenado pela falta de renovação de pessoas e métodos, enfraquecendo a empresa diante dos desafios de um cenário globalizado e altamente competitivo.
Alguns departamentos estratégicos da empresa foram submetidos a comandos burocráticos e outros, como o de Administração Financeira, estão sob o mesmo comando há mais de uma década.
Outra crítica remete à nova estrutura para gestões de projetos internacionais de cooperação, com recursos do Banco Mundial, entre outras instituições.
O Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, que centraliza os programas e projetos da Embrapa, não participa diretamente da coordenação e desconhece até o total de recursos captado.
Por fim, uma das críticas mais contundentes é à coordenação de programas de pesquisa da Embrapa ser feita no exterior.
Os sites das plataformas da empresa têm sua logomarca e a do governo federal, mas estão hospedados num servidor em Los Angeles.
O Diário Oficial deverá trazer na segunda-feira portaria com a demissão do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, decidida na sexta-feira.
A publicação é o desfecho de uma longa e silenciosa crise, cujo enredo interno vai além das críticas e diagnósticos divulgadas em artigos – a maioria deles no jornal O Estado de S.Paulo, alertando para a falta de rumo da empresa.
A falta de resposta da empresa a essas críticas pode ser interpretada como uma forma de manter sob controle a informação essencial: pesquisadores, cientistas e técnicos passaram a exercer forte oposição à gestão de Arraes, considerada por eles responsável pela perda gradual da capacidade da Embrapa de acompanhar o desenvolvimento tecnológico aplicado aos produtos em seu universo de atuação. Inchada – a empresa gasta de 70 a 80% de seu orçamento com a folha de pagamentos – perdeu importância na agenda empresarial brasileira.
O empresário nacional busca as soluções inovadoras no exterior.
A negligência com a obtenção de patentes e a omissão no programa de melhoramento de sementes são outras acusações à gestão agora encerrada, com números expressivos: 60% das sementes de soja, 70% de milho e 80% de algodão, são de programas de melhoramento genético privados.
Sobram acusações de censura a manifestações de pesquisadores inconformados com o isolamento a que se dizem submetidos em razão da crítica à perda da visão estratégica.
O processo gerencial, segundo os críticos de Arraes, é pouco oxigenado pela falta de renovação de pessoas e métodos, enfraquecendo a empresa diante dos desafios de um cenário globalizado e altamente competitivo.
Alguns departamentos estratégicos da empresa foram submetidos a comandos burocráticos e outros, como o de Administração Financeira, estão sob o mesmo comando há mais de uma década.
Outra crítica remete à nova estrutura para gestões de projetos internacionais de cooperação, com recursos do Banco Mundial, entre outras instituições.
O Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, que centraliza os programas e projetos da Embrapa, não participa diretamente da coordenação e desconhece até o total de recursos captado.
Por fim, uma das críticas mais contundentes é à coordenação de programas de pesquisa da Embrapa ser feita no exterior.
Os sites das plataformas da empresa têm sua logomarca e a do governo federal, mas estão hospedados num servidor em Los Angeles.
Ministerio Publico, TCU, corram e façam auditoria na área internacional da Embrapa, começando pela chefia do setor!!!!!
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