Globo Rural
Uma experiência inédita e bem-sucedida e que ajuda a fixar famílias centenárias no campo lhes propiciando renda, conservando o meio ambiente e dando foco no mercado está sendo desenvolvida, desde 2010, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, nas regiões de Rio Negro, Terenos, Bonito e ao redor da capital, Campo Grande.
Lá, pequenos produtores e assentados plantam maracujá orgânico, que é entregue à Bio Fruta para processamento.
Toda a produção de polpa da fruta é vendida à Native, de Sertãozinho (SP), uma das grandes empresas do setor de alimentos orgânicos.
Já são 32 as propriedades pantaneiras que aderiram.
A previsão é entregar 25 toneladas de frutas neste ano. “A caixa de maracujá valia R$ 12 na Ceasa de Campo Grande e caiu a R$ 10.
Nós pagamos R$ 20 por ela e faz muito tempo”, afirma Leonardo Barros, que fundou a empresa Bio Frutas, que também é responsável pelo financiamento da produção do maracujá. Atualmente, 68 famílias participam desse negócio.
Leonardo também é presidente da Associação Brasileira da Pecuária Orgânica, que tem um quadro de oito associados e hoje abate, no frigorífico JBS, de Campo Grande, 500 bois orgânicos ao mês. “Essa parceria com o JBS já tem oito anos e foi muito além do retorno financeiro. Nos profissionalizamos ao máximo e aprendemos a diversificar o portfolio.”
A opção pelos agricultores familiares para o plantio do maracujá é por conta também, segundo Leonardo, da dedicação absoluta deles, que moram e trabalham dentro de suas pequenas propriedades.
“O trabalho é integrado. Levamos as mudas, há financiamento para a lavoura e depois coordenamos a parte comercial.” Ele explica que a experiência gera renda para as famílias, afastando-as das mudanças infelizes para a cidade.
“Todas elas são imbuídas da cultura do Pantanal, que é muito distinta da dos limites urbanos.”
Leonardo adianta que, a partir do próximo mês, 28 famílias do maior assentamento do Brasil, o conhecido Itamaraty, que pertenceu ao empresário Olacyr de Moraes, começam a entregar maracujá à Bio Frutas. “Estamos na fase de divulgar as regras dos orgânicos, mas os contratos já estão firmados”, afirma. Ele acredita que mais famílias do Itamaraty devem aderir. Implantado em 2002, no município de Ponta Porã, o assentamento nasceu com 1.100 famílias numa área de 25.000 hectares.
E tem mais novidades: em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e com o Sebrae, a associação presidida por Leonardo, que tem um braço na agricultura, vai começar a mandar para o campo jovens que se formaram tecnólogos em agroecologia – é o único curso do Brasil. São dez formandos na primeira fase e, em motos, eles irão orientar os agricultores nas propriedades. Depois, outros dez ganharão as estradas.
“Acredito que será dado um passo importante em nosso projeto”, diz Leonardo, pois a agricultura orgânica trabalha com protocolos e as regras são rígidas. Ele adianta ainda que o “saboroso” maracujá acaba de desembarcar em São Paulo.
Uma empresa da metrópole que produz geleia da fruta vai começar a exportar o produto, agregando valor à experiência pantaneira. “Por enquanto é a única de fora de nosso Estado, visto que toda a produção deste ano já foi negociada antecipadamente.” Como o negócio ruma de vento em popa, Leonardo revela que as famílias vão diversificar a produção de frutas, graças à demanda de orgânicos, que só aumenta. “A proposta é lançar três tipos de sucos: abacaxi, acerola e goiaba.”
O bioma pantaneiro tem 85% de sua vegetação original preservada, segundo a Embrapa. Para Leonardo, a maneira de explorar as atividades agropecuárias por lá, onde pastagens centenárias alimentam o gado, é fundamental para conservar o Pantanal.
Uma experiência inédita e bem-sucedida e que ajuda a fixar famílias centenárias no campo lhes propiciando renda, conservando o meio ambiente e dando foco no mercado está sendo desenvolvida, desde 2010, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, nas regiões de Rio Negro, Terenos, Bonito e ao redor da capital, Campo Grande.
Lá, pequenos produtores e assentados plantam maracujá orgânico, que é entregue à Bio Fruta para processamento.
Toda a produção de polpa da fruta é vendida à Native, de Sertãozinho (SP), uma das grandes empresas do setor de alimentos orgânicos.
Já são 32 as propriedades pantaneiras que aderiram.
A previsão é entregar 25 toneladas de frutas neste ano. “A caixa de maracujá valia R$ 12 na Ceasa de Campo Grande e caiu a R$ 10.
Nós pagamos R$ 20 por ela e faz muito tempo”, afirma Leonardo Barros, que fundou a empresa Bio Frutas, que também é responsável pelo financiamento da produção do maracujá. Atualmente, 68 famílias participam desse negócio.
Leonardo também é presidente da Associação Brasileira da Pecuária Orgânica, que tem um quadro de oito associados e hoje abate, no frigorífico JBS, de Campo Grande, 500 bois orgânicos ao mês. “Essa parceria com o JBS já tem oito anos e foi muito além do retorno financeiro. Nos profissionalizamos ao máximo e aprendemos a diversificar o portfolio.”
A opção pelos agricultores familiares para o plantio do maracujá é por conta também, segundo Leonardo, da dedicação absoluta deles, que moram e trabalham dentro de suas pequenas propriedades.
“O trabalho é integrado. Levamos as mudas, há financiamento para a lavoura e depois coordenamos a parte comercial.” Ele explica que a experiência gera renda para as famílias, afastando-as das mudanças infelizes para a cidade.
“Todas elas são imbuídas da cultura do Pantanal, que é muito distinta da dos limites urbanos.”
Leonardo adianta que, a partir do próximo mês, 28 famílias do maior assentamento do Brasil, o conhecido Itamaraty, que pertenceu ao empresário Olacyr de Moraes, começam a entregar maracujá à Bio Frutas. “Estamos na fase de divulgar as regras dos orgânicos, mas os contratos já estão firmados”, afirma. Ele acredita que mais famílias do Itamaraty devem aderir. Implantado em 2002, no município de Ponta Porã, o assentamento nasceu com 1.100 famílias numa área de 25.000 hectares.
E tem mais novidades: em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e com o Sebrae, a associação presidida por Leonardo, que tem um braço na agricultura, vai começar a mandar para o campo jovens que se formaram tecnólogos em agroecologia – é o único curso do Brasil. São dez formandos na primeira fase e, em motos, eles irão orientar os agricultores nas propriedades. Depois, outros dez ganharão as estradas.
“Acredito que será dado um passo importante em nosso projeto”, diz Leonardo, pois a agricultura orgânica trabalha com protocolos e as regras são rígidas. Ele adianta ainda que o “saboroso” maracujá acaba de desembarcar em São Paulo.
Uma empresa da metrópole que produz geleia da fruta vai começar a exportar o produto, agregando valor à experiência pantaneira. “Por enquanto é a única de fora de nosso Estado, visto que toda a produção deste ano já foi negociada antecipadamente.” Como o negócio ruma de vento em popa, Leonardo revela que as famílias vão diversificar a produção de frutas, graças à demanda de orgânicos, que só aumenta. “A proposta é lançar três tipos de sucos: abacaxi, acerola e goiaba.”
O bioma pantaneiro tem 85% de sua vegetação original preservada, segundo a Embrapa. Para Leonardo, a maneira de explorar as atividades agropecuárias por lá, onde pastagens centenárias alimentam o gado, é fundamental para conservar o Pantanal.
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