Augusto Nunes (*)
Nesta sexta-feira, Dilma Rousseff e Carlos Lupi protagonizaram mais uma vez o comentário de um minuto para o site de VEJA. Foram 122 palavras:
“A Comissão de Ética Pública da Presidência da República considerou insatisfatórias as explicações oferecidas por Carlos Lupi para os escândalos em que se meteu. E pediu a Dilma Rousseff que demita o ministro do Trabalho. Em vez de acatar a sugestão, muito sensata, Dilma pediu mais explicações ─ não a Lupi, mas à Comissão de Ética. É como se um juiz, depois de saber que o júri condenou o réu, pedisse que os jurados se reunissem novamente para explicar melhor a condenação. Essa teimosia de Dilma Rousseff em fingir que não sabe nada sobre Carlos Lupi só reforça a sensação de que Lupi sabe muito sobre seus parceiros de governo, começando pela presidente da República.
Essa história vai exigir muito mais que um minuto.”
Por dever de justiça, acrescento que, entre um pontapé na lei, uma bofetada na ética e um joelhaço na verdade, Carlos Lupi acabou consumando o enterro em cova rasa da fantasia diligentemente costurada pelo jornalismo estatizado. Hoje, só os cretinos fundamentais e os cínicos sem remédio ousam falar em “faxina ética”. O monte de lixo no Ministério do Trabalho continua no mesmo lugar há mais de um mês. Quem tentou removê-lo foi repelido a vassouradas por Dilma Rousseff.
(*) Jornalista e Ex-Diretor do Jornal do Brasil, do Jornal Gazeta Mercantil e Revista Forbes. Atualmente na Revista Veja
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