segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Efemérides 2011

Antes que 2011 acabe, ficaram faltando algumas importantes efemérides do ano que passou, a exemplo do que fiz aqui no blog em 2010. Então, vamos a elas.

Blog do Trágico e Cômico para o Jornal da Tarde /SP
Começando pelo cinquentenário da renúncia de Jânio Quadros à presidência da república. Um fato trágico, que desencadeou um longo período de trevas para o Brasil — embora até esse período desperte saudade em meia dúzia de idiotas.

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Ainda na política nacional, tivemos, 25 anos depois, os “fiscais do Sarney”. Era o começo da redemocratização e o Brasil ainda não sabia que a primeira coisa a se fiscalizar deveria ter sido o próprio Sarney. Hoje sabemos mas, mesmo assim, não o fazemos.

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Já na geopolítica, tivemos em 1991 a queda do comunismo, com a desintegração da União Soviética — fato que marcou o fim de uma era de polarização na política (embora alguns insistam em revivê-la hoje, mesmo que esse fato histórico já tenha 20 anos).
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No esporte, fez 40 anos a “luta do século” entre Muhammad Ali e Joe Frazier que, juntamente com George Foreman formaram o triunvirato dos maiores lutadores que já habitaram esse planeta. O boxe dos anos 70 era pura arte, exatamente o oposto do que vemos hoje, essa coisa robotizada e soporífera. Ali era extremamente técnico e veloz. Fora os ringues, era um grande fanfarrão, apelidando adversários, criando rimas espirituosas e ajudando a promover ainda mais o espetáculo. Já “Smoking” Joe Frazier, que faleceu recentemente, não tinha o senso de humor de Ali, mas era explosivo e incansável no ringue. Com grande movimentação, confundia seus adversários, atacava-os com seu temível gancho de esquerda e não se intimidava com contra-golpes. No século 21, só se fala no tal do “MMA”, mas esse estilo nunca terá o charme do boxe da era Ali-Frazier-Foreman (nunca serão!). E em 1971, na luta do século 20, deu Frazier, por pontos. Vale a pena rever.
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E , para fechar as efemérides, 1991 foi um ano movimentadíssimo no mundo da música, com grandes discos e o movimento grunge despontando. Mas foi também o ano em que perdemos dois gênios: Miles Davis, em setembro e Freddie Mercury, em novembro. O primeiro foi devidamente celebrado na exposição Queremos Miles, que fica em cartaz até o fim de janeiro. Quem mora em SP e ainda não foi, corre que ainda dá tempo de conhecer todas as facetas do “Picasso do Jazz”. Já Freddie Mercury não teve a mesma sorte, pois seus companheiros de banda acharam que dava para ressuscitar o Queen colocando Paul Rodgers em seu lugar. A necrofilia do “Queen+Paul Rodgers” foi uma coisa tão degradante, tão aviltante, que o próprio Brian May fez mea-culpa. Freddie Mercury não merecia isso. Logo ele, o maior frontman da história do rock, capaz de colocar 80 mil pessoas em estado de hipnose no show de Wembley. Ao contrário do que diz a música, the show must NOT go on! As pessoas parecem não perceber que Queen sem Freddie é a mesma coisa que The Police sem Sting ou Rolling Stones sem Mick Jagger.
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