Blog do Trágico e Cômico para o Jornal da Tarde/SP |
O Barcelona é um dos maiores esquadrões que o futebol mundial já viu e esse foi um dos maiores vareios de bola que um time brasileiro sofreu em competições internacionais. E isso não é vergonha nenhuma para o Santos. Nenhum time é páreo para o Barcelona. Se até o Real Madrid virou freguês, por que com o Santos seria diferente? Neymar foi nulo em campo, mas nem por isso deixou de ser craque. Mas — quem sabe agora —, as pessoas parem de achar que ele é deus. Quanto ao duelo dele com o Messi, fica para o próximo Brasil x Argentina, pois são duas seleções que se equivalem em mediocridade e aí a comparação fica mais justa.
“Foi uma aula de futebol”, andam dizendo. Foi mesmo. E essa é uma ótima hora para o Brasil fazer alguns auto-questionamentos (já passou da hora, aliás). Somos mesmo tão bons quanto achamos que somos? Nossa habilidade com a bola, nossa ginga, nossa alegria e nossa malandragem sempre decidirão os jogos a nosso favor? Não, a “aula” do Barça nos mostrou que, além da qualidade técnica, é a força coletiva, a seriedade no trabalho, a ausência de estrelismos e a incansável vontade de vencer que fazem uma equipe campeã. Às vezes o talento individual por si só resolve. Às vezes, não. Às vezes até o anti-jogo resolve. Mas quando se depara com um time faminto e brutal como o Barcelona, não há como driblar a dura realidade. Que os idiotas da objetividade nunca se esqueçam disso.
O futebol brasileiro está no divã e vai levar um bom tempo para que nossos analistas e boleiros entendam ou expliquem o que aconteceu. Se pudermos, pelo menos, deixar a soberba de lado e resgatar a boa e velha “raça”, já será um ótimo começo.
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