Renato Gomes Nery (*)
Este é o último artigo de uma série de 07 que publicamos, ao longo das últimas semanas, sobre personagens da política mato-grossense quer irão participar direta ou indiretamente nas eleições para Governador do Estado, em 2014, e que já estão se movimentando e se estruturando para isso.
Não teve o trabalho nenhum caráter científico. Há apenas as observações e preocupações de alguém que pensa nos destinos do nosso Estado. As reações foram muitas. Desde louvores à isenção, a acusações de parcialidade. Como a intenção era procurar despertar o senso crítico e provocar o debate, cremos que atingiu o seu objetivo.
E este último artigo da série é dedicado aos eleitores. Estes estóicos que não fogem dos impostos, nem dos maus governantes e nem da morte. Que esperam sempre que as coisas mudarão. Que desejam ardentemente que os 100 anos de solidão sejam interrompidos. Que aspiram a que um tempo rei chegue, mude, restaure e renove. E que o bem triunfe sobre as mazelas e trapaças deste mundo. Que estão sempre votando no menos pior, por uma contingência histórica perversa.
Mas, a esperança está sempre sendo adiada. Sai Governo entra Governo e a cansada esperança continua a esperar. Entretanto, não desistimos e se não desistimos, vamos continuar tentando, com a graça de Deus, para que este círculo vicioso seja rompido. É caos na segurança! É caos na educação! É caos na saúde! São os pornográficos impostos! E por aí vai. Depois do caos vem a ordem, diz um adágio chinês. Que ela não tarde, pois já estamos incorporando o ímpeto (indignação) de ir às ruas, clamarmos contra a corrupção. É um grande começo, pois esta é uma constatação de que somente podemos esperar de nós mesmos.
A revolução (se é este o nome) não é mais para mudar regimes políticos, mas para implantar a eficiência, a renovação e a produtividade no setor público para melhorar a vida das pessoas. O que, com certeza, diminuiria a corrupção. Alguns Estados já encontraram este caminho, mas o Estado de Mato Grosso continua aguardando a banda passar. E a nossa grande contradição é ter um setor privado vigoroso, eficiente, inovador que utiliza a tecnologia de ponta. E, em contrapartida, um setor público arcaico e anacrônico.
Portanto, o último homem somos nós. E se alguma coisa vai mudar, este trabalho deve ser realizado por nós. Seja driblando os maus políticos e, sobretudo este sistema político perverso concebido por eles para a perpetuação no poder! Seja indignando, fazendo greves, manifestando e indo às ruas clamarmos pelo que é nosso e que a perversa “mão grande” insiste em nos tomar todos os dias!
(*) Advogado em Cuiabá. E-mail- rgnery@terra.com.br
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