terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ingressos para a Copa do mundo

Ministro do Esporte quer ingresso com desconto para índios na Copa, diz relator
 
O Globo

O relator do projeto da Lei Geral da Copa, deputado, Vicente Cândido (PT-SP), disse nesta terça-feira que além das cotas de ingressos para idosos e comunidades pobres, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, quer que haja também descontos para indígenas nos jogos da Copa em 2014. Segundo ele, a ideia foi bem recebida pelo secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke.

Valcke e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, participam na Câmara de reunião da comissão especial responsável pela análise do projeto da Lei Geral da Copa.

Em audiência com representantes de entidades de defesa do consumidor, realizada no início do mês, integrantes da comissão criticaram o "poder excessivo" conferido à Fifa pelo projeto do governo.

Categoria especial de ingressos
Valcke sugeriu a criação de uma categoria especial de ingressos, com descontos para brasileiros. A entrada custaria cerca de US$ 25, do segundo ao quadragésimo oitavo jogo. 
Os valores para a abertura e a final também seriam mais baixos. A proposta já foi apresentada ao governo, como tentativa de resolver o impasse sobre a meia-entrada.

- A Fifa não gosta dessa meia-entrada - afirmou Valcke. - Ao invés de defender grupos com meia-entrada, que implantemos uma categoria quatro (com descontos especiais) para brasileiros - acrescentou, explicando que o problema da meia-entrada não é o impacto financeiro, mas a dificuldade técnica.

Na abertura da reunião, ele disse que não há razão atritos com o governo:
- Não há motivo para tensão entre nós. Ou estamos no mesmo barco ou não chegaremos juntos a 2014.

Venda de bebidas nos estádios
O secretário-geral da Fifa falou também sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, outro ponto de atrito. A entidade máxima do futebol tem como um dos patrocinadores um fabricante de cerveja. Segundo Valcke, a venda controlada não traz, tradicionalmente, problemas de violência em Copas.

- É verdade que limitar o álcool reduz muito as violências. Mas, na Alemanha e na África do Sul, a venda controlada nunca provocou problemas. A bebida não pode ser distribuída em garrafas, mas copos de plástico - exemplificou.

Valcke explicou que a Rússia, país com legislação mais rigorosa sobre a venda de bebidas, entendeu que a Copa é um evento privado e, por sua condição especial, liberou o consumo nos estádios.

- A Fifa não está aqui para embebedar as pessoas, mas vocês vão ter dificuldade de me provar que o álcool causou algum tipo de "detrimento" na Copa - sustentou.

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