Editorial do Diário de Cuiabá
Agronegócio enquanto maior atividade geradora de emprego em Mato Grosso não é surpresa por se tratar de Estado líder nacional em rebanho bovino e na produção de soja, algodão e milho safrinha.
O que surpreende – boa surpresa, diga-se de passagem – é que se trata de empregos formais com carteira profissional assinada.
Na terça-feira, em Cuiabá, a direção da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) revelou que o agronegócio respondeu por 23,38% dos empregos formais mato-grossenses no ano passado.
Em números absolutos o setor assegurou 88.300 postos de trabalho em Mato Grosso para sua população de três milhões de habitantes.
Com esse percentual o setor do agronegócio foi o principal gerador de empregos no campo e na cidade.
Esse levantamento foi feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea) que cruzou dados apurados por sua equipe com informações do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) e alguns órgãos federais.
Os números apresentados pela Famato não deixam dúvida sobre a importância do agronegócio para a economia e a harmonia social mato-grossenses.
O resultado apresentado ratifica a legalidade das relações entre patrões e empregados, quer seja no campo, quer seja na cidade, e também funciona enquanto estatística suficientemente convincente para apagar a destorcia imagem satanizada do produtor rural, que foi criada pelo radicalismo contrário ao direito de propriedade da terra. O expressivo percentual de empregos formais no campo em Mato Grosso acontece por uma série de fatores: a mentalidade do fazendeiro do ontem cedeu lugar aos novos conceitos da agricultura sustentável do moderno empresariado rural.
A severa e permanente fiscalização ambiental, agrária e trabalhista desestimula a contratação irregular de trabalhadores rurais.
Os números apresentados pela Famato se referem à cadeia do agronegócio, mas esse setor é de tamanha abrangência que se faz presente em diversas outras áreas empresariais, de modo ativo e significativo, que se fossem computadas permitiria que se chegasse a um percentual muito mais alto ainda.
O segmento supermercadista tem papel importante na economia mato-grossense – para se ater ao regionalismo dos números apresentados – e nele a pecuária, agricultura e a agroindústria se fazem presentes com uma variada gama de produtos nas gôndolas e câmaras frias, o que contribui efetivamente para a geração de empregos.
A indústria da moagem de calcário basicamente produz insumo para correção de solo. A âncora do transporte no Estado é a movimentação de commodities agrícolas.
A base da indústria estadual é o esmagamento e refino de soja, a industrialização do índigo que se transforma em jeans, o abate bovino e suíno e outros ramos correlatos. A lucratividade das lavouras e a distribuição de renda no campo criam nichos de mercado para automóveis, boutiques, imóveis residenciais e outros.
Mato Grosso agora conhece estes números.
Falta somente passar a valorizar o agronegócio. Os números apresentados pela Famato não deixam dúvida sobre a importância do agronegócio.
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