Aulas ou seminários em inglês, sem tradução, em diferentes áreas do ensino universitário --como agronegócio, química e odontologia.
O cenário poderia ser uma universidade dos EUA ou da Europa, mas não é.
Instituições do interior do Estado de São Paulo têm ampliado suas ofertas com língua estrangeira. O objetivo é enriquecer o currículo dos alunos e prepará-los para o mercado de trabalho.
Na FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), da USP de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), a disciplina agrobusiness é um dos exemplos. Até o professor Marcos Fava Neves se surpreende com o resultado. "É um ambiente rico. Não sonhava ver isso tão cedo na USP", diz.
A aula atrai alunos outros cursos, como química e farmácia. A opinião dos "forasteiros" amplia o debate.
"Na aula de agrobusiness, vimos que os estrangeiros têm uma visão mais protecionista das coisas deles e preocupada com a sustentabilidade", afirma Fava Neves.
Há até turmas com predomínio de estrangeiros. É o caso da aula de gerência e promoções de vendas, também da administração.
Única brasileira, Marcela Zucherato, 23, convive com colegas de culturas bem distintas, como Teemy Nyyssonen, 23, da Finlândia, e Juan Ortiz, 21, da Colômbia.
No curso de relações internacionais da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Franca, os alunos se preparam o ano inteiro para simular um congresso da ONU.
Eles se tornam delegados de países. Algumas das "rodadas de negociações" são em inglês.
"A experiência ajuda não só a dominar a língua mas a aprender a negociar", diz o professor
Marcelo Passini Mariano, coordenador do Gepezoi, grupo que organiza as simulações.
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