Depois da Câmara, Senado também aprova reajuste salarial
Depois que a Câmara aprovou reajuste para seus salários na tarde desta quarta-feira (15), o projeto que eleva o salário dos parlamentares, do presidente, do vice e dos ministros de Estado para R$ 26,7 mil, a partir de 1º de fevereiro de 2011 também foi aprovado pelo Senado. A proposta não precisa passar pela Presidência da República por se tratar de decreto legislativo.
A matéria foi aprovada em menos de 10 minutos de discussão.
Apesar de discutida nos bastidores há meses, a tramitação oficial se deu a “toque de caixa”. A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados se reuniu pela manhã, aprovou a urgência do tema (270 a favor; 39 contra e cinco abstenções), depois simbolicamente aprovaram a matéria em si no início da tarde. De lá, ela já foi encaminhada ao Senado, onde os senadores a apreciaram no mesmo dia.
O projeto pretende equiparar os salários do Executivo e do Legislativo ao do Judiciário. Os vencimentos dos deputados e senadores terão um reajuste de 61,8%, atualmente em R$ 16,5 mil. Já para o presidente da República e para o vice, o reajuste é de 133,9% em relação ao atual salário de R$ 11,4 mil; os ministros recebem hoje R$ 10,7 mil.
Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%.
A senadora Marina Silva (PV-AC) e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentaram suas manifestações contrárias à proposta. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que o reajuste deveria ser acompanhado da redução da verba indenizatória --que, na prática, torna os vencimentos dos parlamentares ainda maiores, por bancar gastos com gasolina, passagens aéreas e outros.
A parlamentar do PV seguiu a sugestão do PSOL de que o incremento salarial fosse equivalente apenas ao aumento da inflação nos últimos três anos – data em que houve o último reajuste.
Antes da votação em plenário, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), evitou comentar o assunto. "Vou ver a resolução e ouvir os líderes, a decisão não é da Presidência, é da Casa, e o nosso sistema é sempre ouvir as lideranças", disse.
Nota do Blog: : Os leitores devem estar tão admirados quanto eu pelo tempo gasto para concederem aumento para eles mesmos. Dez minutos. Imaginem. Hão de convir que se trata de um tempo enorme para decidirem por algo tão simples. Afinal o aumento desses senhores é de um percentual insignificante para os cofres públicos. Afora tudo isso, algo que é inquestionável: o tempo de trabalho desses cidadãos. Incansável. Estafante. Mas, o povo merece e merece com louvor. Repito ao mencionado em comentário anterior: Quem colocou essa camarilha toda foi o povo. Então que pague o salário nababesco desses esforçados e incansáveis trabalhadores ... O picadeiro fica lá mas os palhaços somos todos nós . Esse dinheiro sai suado do nosso bolso ... E põe o nariz de novo !!!
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