Luis Fernando Verissimo para O Estado de S.Paulo
Personalidade do ano. Paul, o polvo alemão que previu todos os resultados da Copa.
Troféu "vamos ver no que vai dar" do ano. Empate: Dilma Rousseff e Tiririca.
Lázaros do ano (ou "eu também estou louca de saudade, querido, mas antes vá tirar essa roupa e tomar um banho"). Os mineiros soterrados do Chile.
Troféu "ovo no fiofó da galinha" do ano. A discussão sobre o que fazer com os royalties do pré-sal antes que uma gota do petróleo tenha sido extraída.
Anticlímaxes do ano. A revelação de que o que diplomatas dizem e fazem em segredo não se parece nada com o que eles dizem e fazem em público e a revelação de que o Ricky Martin é gay.
Filme do ano. A tomada do Complexo do Alemão.
Argentinos do ano. Messi, Conca e Cristina Kirchner, que também concorreu ao prêmio de melhor viúva.
Maradona do ano. Maradona.
Melhor jogo que não houve do ano. Inter de Porto Alegre X Inter de Milão.
"Olé" do ano. Espanha campeã do mundo.
"O quê?!" do ano. O papa admite o uso de camisinha em ocasiões especiais.
Figura emblemática do ano, talvez do século. Lady Gaga.
E quando você pensava que o ano terminaria sem que a Justiça brasileira fizesse mais uma das suas... Ficha limpa para o Maluf.
Inês
(Da série Poesia numa Hora Destas?!)
Ela tinha as unhas do pé
pintadas de dourado
- eu deveria ter me flagrado.
Ela tinha uma flor-de-lis tatuada
nas costas apontando para o rego
- pra onde iria meu sossego?
Ela gostava da Camille Paglia
e de esportes radicais
- como eu não vi os sinais?
Agora é tarde, Inês está aí
e eu é que morri.
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