segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cadeirantes

Antenor Pereira Giovannini (*)

Não sou um espectador assíduo do programa Fantástico da Rede Globo transmitido aos domingos, porém, ontem, naquela dança do controle peguei no início uma reportagem que falava sobre as dificuldades de um cadeirante para viajar por entre algumas cidades e somente cidades importantes e conhecidas do País. São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, de avião, ônibus e metrô.

Depois da reportagem fiquei pensando a respeito das dificuldades da nossa cidade no quesito cadeirantes. É algo inimaginável para quem aqui não vive ou conhece.

Nessa questão de locomoção através de ônibus e aviões as dificuldades são enormes. Não existem ônibus especiais e muito menos transportes especiais e em conseqüência é na base do jeitinho que as pessoas são colocadas em ônibus ou em aviões.

Mas, o grande problema reside nas ruas. Não existem calçadas e com isso os cadeirantes na sua maioria são obrigados a disputar espaço no leito carroçável das ruas com todo tipo de veículo, com o risco de que venha a sofrer um novo acidente. Um absurdo.

Somente quem tem cadeirante na família pode avaliar o drama o que é levá-lo a qualquer lugar seja uma consulta médica, um exame ou mesmo um passeio. Risco de vida para o cadeirante e para o acompanhante.

Nossas autoridades nem de longe pensam em minimizar esse problema. Esquecem eles que cadeirante também paga imposto e o salário deles.

(*) Aposentado, agora comerciante e morador em Santarém (PA)

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