segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Enquanto isso em Santarém, agronegócio é pecado !!!

Puxada pelo agronegócio, Centro-Oeste é a região que mais cresce no Brasil 

Estadão 

Riqueza-do-Agronegócio.jpg (258×283)O Centro-Oeste é a região que mais cresce no País. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e o Distrito Federal estão sendo impulsionados pelo bom momento da agropecuária e, mais recentemente, pelo aumento da cotação dos grãos no mercado internacional. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central referente ao Centro-Oeste apontou um crescimento de 5,9% nos 12 meses encerrados em maio - na sequência, estão o Sul (4,4%) e o Nordeste (4,2%). 

Por trimestre, o crescimento do Centro-Oeste já é o maior do País há um ano, segundo o BC. No fim do ano passado, em novembro, o maior crescimento acumulado em 12 meses era da Região Norte (4,8%), seguida de perto pelo Nordeste (4,7%) e Centro-Oeste (4,7%). 

"Tivemos um ano com bons preços na agricultura e isso ajudou bastante a elevar o faturamento total da produção. Como a agricultura corresponde a 70% do PIB de Mato Grosso, todos os setores do Estado têm um bom resultado", diz Ricardo Tomczyk, vice-presidente da Associação dos Produtores de soja e milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja). 

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, divulgados na semana passada, mostraram um crescimento maior da agricultura ante as demais atividades econômicas. Na comparação com os três primeiros meses do ano, a agricultura cresceu 4,9%. A indústria recuou 2,5%, enquanto o setor de serviços teve alta de 0,7%. 

A quebra de safra do milho e da soja nos Estados Unidos também serviu de impulso para a região. Os preços dos dois produtos aumentaram expressivamente no cenário internacional. Em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço negociado da saca de soja passou R$ de 42, em agosto de 2011, para R$ 75,2 este ano. 

"Nos últimos 12 meses, passamos por uma situação conjuntural com forte influência. Os problemas climáticos afetaram os principais países produtores, o que não é comum", diz Fábio Trigueirinho, secretário-geral da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). 

O Centro-Oeste é o principal produtor de grãos do Brasil. Na safra de 2012, que deve ser recorde, o IBGE prevê que a região será responsável por 42,7% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de todo o País - somente Mato Grosso produz 20 milhões de toneladas de soja, o que sozinho o torna o quarto maior produtor do mundo. 

Efeito geral. 
O crescimento do agronegócio estimula outros setores da economia, com impacto direto no emprego no Centro-Oeste. A evolução na contratação de trabalhadores com carteira assinada na região se mantém no mesmo patamar de 2011, segundo dados do Cadastro Geral Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged). O Centro-Oeste é a única região que conseguiu manter o mesmo ritmo do crescimento do emprego (leia quadro ao lado). 

"Há uma retomada da capacidade de investimento, em renovação de maquinário, o que dinamiza o restante da economia local. Ou seja, todos os provedores de insumos e serviços para os produtores acabam se beneficiando", diz André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult.

Nos últimos anos, o Centro-Oeste aumentou a sua participação no PIB nacional. De 2002 para 2009, segundo o IBGE, cresceu de 8,8% para 9,6%. O aumento de 0,8 ponto porcentual no período foi o maior entre todas as regiões. Esse crescimento, impulsionado pelo agronegócio, alterou a estrutura das classes sociais (leia quadro ao lado). 

"O dinheiro do agronegócio é como o crédito funciona para outras regiões do País. É um alavancador do consumo, o que faz com que toda a máquina cresça", diz Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular. A nova classe média - a chamada classe C - corresponde a um mercado consumidor de R$ 98,7 bilhões. 

Nota do Blog: " Cada cabeça uma sentença", diz o ditado. Enquanto em outros lugares a agricultura fomenta renda e principalmente empregos, em Santarém o assunto é tratado como maldito, pecaminoso e com desdém. E com isso, não se abre a possibilidade de crescimento, de progresso como nas demais regiões do País e com isso não há renda e não há empregos. A cidade para asfaltar uma rua precisa de dinheiro do estadual ou federal exatamente porque não consegue gerar renda. Mas, os administradores que sabem se focam um crescimento que é perfeitamente possível de ser ocorrer de forma sustentável ou Santarém fica na mesmice onde nada muda e não se consegue instalar uma indústria sequer.

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