Anselmo Cordeiro (*) do Blog Net 7 mares [net7mares@gmail.com]
A tática da petralha, de, sorrateiramente, incentivar as greves dos policiais militares é, sem tirar nem pôr, igual a que os comunistas usaram às vésperas da deflagração do movimento militar contra-revolucionário de 64: deixar o circo pegar fogo, para, em seguida, assumir, com poderes absolutos, a função de bombeiros e "salvadores da pátria".
Naquela ocasião, incediaram o País com greves de conotação política, incentivaram a rebelião de sargentos em Brasília e atiçaram os marinheiro no Rio a um motim. Tivemos a sorte de os militares chegarem em tempo hábil e vencerem a queda de braço, evitando de o País virar um satélite da URSS.
Há apenas uma diferença entre o que aconteceu em 31 de março de 64 e o que acontece hoje: em 64, havia uma oposição de respeitável força, e os chefes militares eram Ministros de Estado e respeitados. Já, hoje, praticamente não há oposição política aos quadrilheiros que estão no poder, e o força militar caiu a tal ponto, que um general, na Amazônia, foi barrado em excursão a território indígena de sua jurisdição; e outro, submetido à função de serviçal de hotel, carrega as malas da primeira-dama que, com cartões corporativos (quem paga a conta é o povo) gasta mais que puta de luxo.
O general que carrega malas "prizidenciais" aceitou a homenagem de um bolo que os PMs baianos grevista lhe ofertaram pela passagem de seu aniversário, comeu uma fatia e até ensaiou algumas lágrimas. Por conta do comovente episódio, levou um metafórico pontapé nos fundilhos, e concluiu que o seu suposto prestígio vale menos que um pedaço de bolo. Na sua demissão sumária, ficou um recado bem claro ao próximo fardado que o substituirá.
Por esses flashs, dá para perceber que falta pouco para o Glorioso Exército de Caxias virar milícia a serviço do bem-estar de uma corja governista, mas o golpe fatal só virá depois — e se isso acontecer — que a PM de SP, que voltará a ostentar o nome de Força Pública, de respeitável poder de fogo, cair nas garras dos agitadores comandados pela camarilha de Brasília. Até lá, o mais rico Estado da Federação, que carrega um país-continente nas costas, passa a ocupar a sua tradicional posição de último baluarte da liberdade.
São Paulo, o Brasil da Ordem e do Progresso conta, mais uma vez, com você, contra a surrada estrela da desordem e decadência.
(*) Sub-oficial Reformado (Marinha do Brasil).
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